Sai-Fai: ficção científica à brasileira: Museu do Amanhã abre exposição no Rio
Em ‘Sai-Fai’ a principal ferramenta tecnológica é a imaginação, que se une à literatura, artes visuais e realidade aumentada”, conta Bruna Baffa, Diretora Geral do Museu do Amanhã
Começou nesta terça, 25 de julho, a mostra de literatura expandida “Sai-Fai: ficção científica à brasileira”, no Museu do Amanhã. ‘Sai-Fai’ é um desdobramento da oficina de contos de ficção especulativa homônima realizada pelo Laboratório de Atividades do Amanhã, que contou com mentores especializados numa variedade de temas que permitiram a criação de histórias ficcionais com diferentes visões de futuro. A experiência conta com o patrocínio do Santander Brasil e reúne trechos dos contos escritos ao longo do projeto, além de ilustrações de dez ilustradores de estéticas diferentes.
“A mostra é um projeto autoral do Museu do Amanhã que reúne uma diversidade de visões especulativas sobre o futuro a partir do olhar de novos autores e ilustradores com ampla representatividade territorial, étnica, de gênero, orientação sexual, e anticapacitista. Em ‘Sai-Fai’ a principal ferramenta tecnológica é a imaginação, que se une à literatura, artes visuais e realidade aumentada”, conta Bruna Baffa, Diretora Geral do Museu do Amanhã, que faz parte da rede de equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura.
O visitante será transformado em leitor por meio de um espaço que cruza literatura, artes visuais, audiovisual e a experiência de realidade aumentada “Herança”, proposta pelo coletivo 2050. A ativação, que poderá ser acessada por meio de um QR Code em uma escultura na mostra e no Instagram do Museu, dá vida às palavras, sotaques e personagens do universo Sai-Fai.
Os contos que dão origem à mostra são inspirados em movimentos como o afrofuturismo e o futurismo indígena e contou com cinco mentores especializados: o escritor e roteirista Alexey Dodsworth, a jornalista e pesquisadora Lidia Zuin, a pesquisadora e curadora indígena Trudruá Dorrico, o roteirista e escritor Afrofuturista Ale Santos e, ainda, a pedagoga e escritora Afrofuturista Lu Ain-Zaila. Entre os gêneros da literatura revisitados estão o terror, thriller, contos psicológicos, roteiro de podcast e até humor.
Ao todo, 19 autores de todas as regiões do Brasil fabularam em contos sobre realidades alternativas, utopias, distopias e aventuras fantásticas. A oficina também resultou em um livro digital, com os textos e as ilustrações de dez ilustradores brasileiros, que poderá ser acessado gratuitamente tanto no espaço físico da exposição, via QR Code, quanto diretamente no site do Museu do Amanhã.
Serviço
Exposição Sai-fai: ficção científica à brasileira
De 25 de julho a 12 de novembro de 2023
Endereço.: Praça Mauá, 1 – Centro
Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 18h (com última entrada às 17h). Às terças-feiras a entrada é gratuita. Nos demais dias, os ingressos custam R$ 30 a inteira e R$ 15 a meia-entrada.
MAIS
“Saros 136”: uma conversa com Alexey Dodsworth sobre a HQ brasileira de ficção científica