Pink Floyd ganha releitura em edição especial do projeto Rock ao Piano
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Mariana Layme- 8 minutos de leitura
A empreitada de Bruno Hrabovsky em homenagem ao grupo Pink Floyd traz releituras de músicas de cada um dos álbuns de estúdio da banda britânica de rock progressivo. Foto: Adriano Arantos
“O Recife me recebeu com um carinho gigantesco nas três apresentações que fiz na cidade. A primeira foi o repertório principal do “Rock ao Piano”, passando por várias bandas; depois, veio a apresentação dedicada ao Queen, que ganhou duas sessões e as duas lotaram. Agora, finalmente, volto com este especial dedicado ao Pink Floyd, que é minha maior influência. Tenho esse concerto desde 2014 e ele sempre vai ser muito especial pra mim”, declarou o instrumentista.
A empreitada de Bruno Hrabovsky em homenagem ao grupo Pink Floyd traz releituras de músicas de cada um dos álbuns de estúdio da banda britânica de rock progressivo. As composições marcadas pelo teor filosófico, experimentações e psicodelia são apresentadas em ordem de lançamento, narrando de forma cronológica a trajetória do grupo surgido há quase 60 anos no underground londrino. O setlist ainda conta com o incremento especial dos arranjos exclusivos para o piano originais escritos pelo artista paranaense, que se reveza também no papel de mentor e produtor do espetáculo.
“Acho que quando a gente fala sobre Pink Floyd, a principal coisa é a ambientação musical que eles sempre fizeram, desde as músicas mais introspectivas até as mais enérgicas. Sempre tem todo um contexto. São estruturas musicais muito bem construídas, então acho que o principal para fazer uma releitura ao piano é tentar criar essa atmosfera. Basicamente, fazer com que todos os sentimentos sejam muito bem passados, desde raiva até introspecção, reflexão, crítica, tudo tem que entrar com muita vontade. Pink Floyd não é uma banda que você possa tocar sem muita vontade de passar a emoção que há na música original. Acima de qualquer outra questão técnica, essa é a principal característica a ser prezada num arranjo para criações de uma banda como essa”, destaca o músico.
No Recife, o show ganha outro diferencial. A performance é executada no piano de cauda inteira modelo D da companhia Steinway & Sons, tido como padrão ouro dos instrumentos musicais. O equipamento pertencente ao Teatro de Santa Isabel é considerado um dos melhores aparelhos do País. A apresentação não terá efeitos ou amplificação, exatamente como ocorre num concerto erudito. “Fico muito feliz de tocar nesse teatro tão lindo, com um piano excelente e sabendo que já vamos ter casa cheia porque Recife sempre é assim. Os recifenses podem esperar muita emoção porque é um concerto realmente tocante. Sou suspeito para falar, né?”, ressalta Bruno.
A venda antecipada de ingressos já começou pela plataforma digital Guichê Web. Eles têm preços entre R$ 25 e R$ 60, incluindo meia-entrada e de acordo com a localização do assento no teatro. Mas é bom se apressar. Nos últimos dois shows no Recife, as entradas esgotaram antes mesmo do dia do concerto. Os interessados também poderão comprar itens personalizados do projeto, como CDs e camisetas, entre outros objetos.
Histórico: O projeto Rock ao Piano foi lançado por Bruno Hrabovsky em 2013, ano em que começou a mudar a forma de o público ouvir piano com versões únicas de um dos principais e mais populares gêneros musicais do planeta. Pelas mãos do curitibano, já foram executadas releituras de artistas e bandas icônicas como Elton John, Queen, Aerosmith, The Beatles, Radiohead, Black Sabbath, Metallica e The Rolling Stones, entre outros.
A criação e o formato atual do espetáculo foram a culminância de uma iniciativa surgida de maneira despretensiosa anos antes no YouTube, quando o artista passou a postar vídeos pontuais de concertos enquanto cursava Geologia na UFPR. Tempos depois, ele estreava no Teatro Paiol, em Curitiba, e, em 2014, fazia a primeira apresentação fora da capital paranaense.
Desde então, o projeto idealizado pelo artista e produtor paranaense já circulou por mais de 120 cidades em todo o território nacional. A bem-sucedida trajetória inclui ainda uma apresentação na Nova Zelândia. Nesse período, mais de 60 mil pessoas pelo Brasil afora e no exterior puderam acompanhar de forma presencial as performances criativas e cheias de técnica de Bruno Hrabovsky – que começou a estudar piano na infância e continua tendo o instrumento como sua principal ferramenta de trabalho bem mais de 25 anos depois.
