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Funai vai apoiar a implantação de 25 projetos em territórios indígenas amazônicos

A Funai participou e acompanhou todas as fases de seleção dos projetos, desde a primeira etapa, que consistiu na seleção das propostas, até a validação da última fase dos Ciclos 1 e 2

O Projeto Floresta+ Amazônia, no âmbito da Modalidade Comunidades, vai executar 25 projetos nos territórios indígenas dos estados do Amazonas, Maranhão, Amapá, Acre, Pará, Mato Grosso, Roraima e Tocantins, com apoio e parceria da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). São iniciativas que visam fortalecer a gestão ambiental e territorial e, ainda, promover a autonomia social e econômica das populações indígenas.

A Funai participou e acompanhou todas as fases de seleção dos projetos, desde a primeira etapa, que consistiu na seleção das propostas, até a validação da última fase dos Ciclos 1 e 2. Além da Funai, participaram da Comissão Técnica de Seleção dos projetos, o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

“As propostas de projetos recebidas pela Modalidade Comunidades passaram por um rigoroso processo de análise em duas etapas. A primeira, eliminatória, verifica se a proposta atende ao que está previsto no edital. A segunda, eliminatória e classificatória, avalia a qualidade técnica da proposta, atribuindo pontos para cada critério previsto no edital”, explicou a assessora técnica do Projeto Floresta+ Amazônia, Mariana Machado.

No Ciclo 1, de 259 ideias recebidas, foram 12 projetos finalistas, sendo três de povos indígenas no Amapá, Amazonas e Roraima. Já o Ciclo 2 aprovou 30 das 32 propostas recebidas, sendo 22 em territórios indígenas no Amazonas, Maranhão, Amapá, Acre, Pará, Mato Grosso e Tocantins. Ao todo, somando os Ciclos 1 e 2, serão investidos R$ 20 milhões em 35 Terras Indígenas da Amazônia, com o envolvimento e a participação de cerca de 60 etnias.

“Os projetos incluem atividades de conservação ambiental, recuperação de áreas degradadas, produção agroecológica, fortalecimento das cadeias da sociobiodiversidade amazônica e vigilância e proteção territorial. As ações destacam a equidade de gênero e a intergeracionalidade, com forte participação de mulheres, jovens, anciãs e anciãos dos territórios”, completou Mariana Machado.

“Memórias e ações: construindo e fortalecendo a cadeia da Castanha – Mãhp gahp” é um dos projetos contemplados. A proposta é uma iniciativa do povo Saruí, das aldeias Gapgir e Payamah, da Terra Indígena Sete de Setembro, em Rondônia.

“Viver na Amazônia é um constante desafio, seja pela situação do desmatamento e invasão, seja por falta de apoio com recursos. Esperamos que o projeto apoiado pelo Floresta+ possa ajudar no fortalecimento do nosso território e do nosso povo, e contribuir com a proteção ambiental”, declarou Robson Suruí, umas das lideranças do território.

Outro projeto apoiado é o “Construção do Centro Cultural, Turístico e Comercial do Parque das Tribos”, voltado a aproximadamente 25 povos indígenas no estado do Amazonas. “Com o apoio do Floresta+ Amazônia, vamos aprimorar e fortalecer a comunidade de artesãos dedicados à moda indígena, assim como os talentosos artistas e produtores indígenas em geral. Além disso, [o projeto] busca proporcionar oportunidades para que possam comercializar seus produtos de forma mais eficaz. Não se limitando apenas a isso, abraça também a expressão cultural por meio da dança, música e demais aspectos que enaltecem a riqueza cultural e conhecimento do nosso povo e dos nossos parentes”, ressaltou Daniele Baré, representante da organização União dos Povos Indígenas de Manaus.

De acordo com a presidente da Funai, Joenia Wapichana, as iniciativas apoiadas pelo Projeto Floresta+ Amazônia têm um papel fundamental para os povos indígenas da Amazônia. “Esses projetos locais têm algo singular, tornam as comunidades indígenas protagonistas em suas próprias iniciativas de desenvolvimento e conservação. Os parentes podem definir suas próprias prioridades, ações e estratégias de gestão a partir dos seus territórios, o que fortalece seu sentido de autonomia e identidade cultural”, reforçou Joenia.

A Modalidade +Comunidades apoia a realização de 42 projetos em territórios amazônicos, com investimentos de mais de R$ 33 milhões. Além da população indígena, o Floresta+ Amazônia apoia outras iniciativas com o envolvimento e a participação de povos e comunidades tradicionais, como quilombolas, extrativistas e ribeirinhos, em oito estados da Amazônia Legal: Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Pará e Tocantins.

Sobre o Projeto Floresta+ Amazônia- É uma iniciativa realizada pelo PNUD e pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com apoio do Fundo Verde para o Clima (GCF). Até 2026, serão investidos um total de US$ 96 milhões nos estados amazônicos, por meio de ações e incentivos financeiros, com pagamentos por serviços ambientais e a execução de projetos que beneficiarão diretamente as comunidades locais.

O público-alvo do projeto inclui produtores rurais, povos indígenas, ribeirinhos, extrativistas e quilombolas que vivem na região da Amazônia, com ênfase na participação das mulheres e das juventudes locais. Atualmente, o projeto está organizado em quatro modalidades: Conservação, Recuperação, Comunidades e Inovação. Saiba mais.

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