China pode passar à frente dos EUA em envio de pessoas de volta à Lua
Viagem à Lua: Reino Unido e NASA juntos
O programa Artemis da NASA visa levar a primeira mulher e o próximo homem à Lua até 2024
A Agência Espacial do Reino Unido, a NASA e outros parceiros assinaram, no dia 13 de outubro, um acordo histórico sobre os princípios para exploração, ciência e atividades comerciais no espaço em preparação para uma futura missão à Lua.
O programa Artemis da NASA visa levar a primeira mulher e o próximo homem à Lua até 2024. Parceiros comerciais e internacionais irão colaborar para alcançar uma presença sustentável na superfície lunar que servirá como exemplo para a primeira missão humana a Marte.
Empresas em todo o Reino Unido estarão envolvidas na construção do módulo de serviço e do módulo de habitação do Lunar Gateway, uma nova estação espacial orbitando a lua, gerando benefícios econômicos e empregos altamente qualificados. A nação se comprometeu a destinar mais de £16 milhões para a primeira fase do design desses elementos.
“A probabilidade da primeira mulher pousar na Lua nos próximos anos será uma fonte de inspiração para milhares de jovens em todo o Reino Unido que podem estar considerando uma carreira no espaço ou nas ciências”, disse Amanda Solloway, Ministra da Ciência.
Ela destaca ainda o compromisso de o conjunto de países formados pela Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte em fortalecer a atuação no setor espacial global, como base nas experiências que envolvem satélites, robótica e comunicações.
LEIA TAMBÉM
Comunistas no espaço: veja cartazes da corrida espacial soviética
Os legados do pouso na Lua – 50 anos depois
A Lua é pop: viagens espaciais inspiraram obras culturais
Os Estados Unidos trabalharam com o Reino Unido, além de outras nações que viajam pelo espaço, incluindo Japão, Austrália, Canadá, Itália e Emirados Árabes Unidos, para desenvolver o Acordo Artemis.
Ele se caracteriza como um conjunto de princípios que garantam um entendimento compartilhado de operações seguras, uso de recursos espaciais, minimização do espaço detritos e compartilhamento de dados científicos. O Acordo Artemis orientará como os estados devem operar, conforme previsto no Tratado do Espaço Exterior (Outer Space Treaty).
“Estamos comprometidos em manter o espaço – e os sistemas espaciais cruciais dos quais a nossa sociedade dependem – seguro e protegido, com o lançamento de uma resolução histórica da ONU para concordar com um comportamento responsável para operar no espaço”, afirmou James Cleverly, Ministro da Defesa e Segurança Internacional do Foreign, Commonwealth and Development Office.
Enquanto a NASA está liderando o programa Artemis, as parcerias internacionais com países, incluindo o Reino Unido, têm um papel fundamental para alcançar uma presença humana segura e sustentável na Lua.
O CEO da Agência Espacial do Reino Unido, Graham Turnock, que assinou o Acordo Artemis durante uma cerimônia virtual no Congresso Internacional de Astronáutica (IAC), destacou: “Este passo emocionante pode abrir novas oportunidades para empresas e cientistas do Reino Unido fazerem parte das missões da NASA à Lua e Marte.”
A cooperação internacional na Artemis tem como objetivo não apenas impulsionar a exploração espacial, mas também melhorar as relações pacíficas entre as nações. No centro do Acordo Artemis está a exigência de que todas as atividades sejam conduzidas para fins pacíficos.
Sustentar a vida humana por longos períodos em missões espaciais é um desafio significativo e que requer recursos como água, materiais de construção e combustível. Como transportar esses recursos para o espaço é caro, um capacitor-chave de missões futuras será a capacidade de extrair e usar recursos da Lua, asteroides ou Marte.
O Reino Unido tem trabalhado com parceiros internacionais para garantir que o Acordo Artemis deixe claro que qualquer extração de recursos no espaço deve ser realizada de acordo com o Tratado do Espaço Exterior.
Além dos Estados e Unidos e Reino Unido, assinaram o Acordo Artemis: Japão, Austrália, Canadá, Itália, Luxemburgo e Emirados Árabes Unidos.