Segundo dados do Ministério da Saúde, até o dia 15 de agosto foram notificados 257.156 casos de COVID-19 em profissionais de saúde. Desses, 1.034 haviam sido ou estavam hospitalizados e, infelizmente, 277 profissionais vieram à óbito. Independente dos números condizerem ou não com a realidade, seja por conta da evolução da pandemia, do atraso em computar os dados ou de interesses oficiais, eles são bastante expressivos.
Para a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), o cenário é preocupante e só reforça a importância de serem promovidas iniciativas que busquem preservar a integridade física e mental destes trabalhadores ou mesmo compensar aqueles que tenham sido contaminados durante o atendimento às pessoas infectadas.
“Em uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB), da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, foi constatado que apenas 14,2% dos profissionais de saúde sentem-se preparados para lidar com o novo coronavírus. A maioria dos entrevistados (64,97%) respondeu não estar apta para trabalhar na pandemia. O restante dos profissionais não soube responder. Isso mostra a fragilidade mental e física dos profissionais da linha de frente desta pandemia”, afirma o presidente da Anadem, Dr. Raul Canal.
Em outra pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas, 65% dos dois mil profissionais da saúde entrevistados em todo o país responderam não terem sido submetidos ao teste para detecção do Covid-19. “Isso significa que além de estarem desprotegidos no que tange a integridade física e psicológica, esses profissionais podem gerar riscos para os pacientes por eles atendidos”, ressalta Raul Canal.
Recentemente, a entidade defendeu a aprovação do PL 1.826, que previa que a concessão de compensação financeira no valor de R$ 50 mil ao profissional que tiver inaptidão permanente ou temporária em virtude da contaminação. Além disso, para o presidente da Anadem, a sociedade deveria estar em estado de alerta no que diz respeito à forma como são tratados os profissionais que salvam vidas.
“Fato é que estamos, há seis meses, enfrentando uma doença que a humanidade não conhecia e que a maioria dos profissionais não se sente preparada para lidar com a pandemia, mesmo com anos de estudo, prática e experiência. Neste momento em que a saúde é prioritária, há profissionais dando a vida em prol de seus pacientes”, afirma.
“Vídeos de agradecimento, palmas organizadas nas ruas, pelas janelas de casas e apartamentos não bastam. Mais do que nunca, o amparo especializado é essencial. É preciso darmos a estes, além do suporte necessário, a confiança e a certeza de que os apoiamos. Temos que exigir ações para afastá-los da depressão, da ansiedade e do estresse pós-traumático e, com isso, minimizar os efeitos maléficos dessa difícil situação de excepcionalidade”, finaliza o presidente da Anadem.
Anadem
A Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem) foi criada em 1998. Enquanto entidade que luta pela categoria e seus direitos, promove o debate sobre questões relacionadas ao exercício da medicina, além de realizar análises e propor soluções em todas as áreas de interesse dos associados, especialmente no campo jurídico. Para saber mais, entre em contato ou acesse: www.anadem.org.br .
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