Satanismo como crítica social no metal extremo
A blasfêmia e o satanismo como crítica social no metal extremo e no rock são temas de análise do músico e mestre em filosofia Glauber Ataide, que se baseia nas visões de Ludwig Feuerbach, Nietzsche, Karl Marx e Engels
Por Glauber Ataide
Mestre em Filosofia pela UFMG
Desde as remotas épocas do blues, passando pelo rock’n roll até o metal extremo, a presença do demônio e seus símbolos é uma constante nas letras e capas de discos do estilo.
Seja tal associação mera estratégia publicitária ou uma real adesão religiosa, o que esta relação entre metal e satanismo representa é uma crítica social, uma contestação aos valores sociais e morais vigentes.
Nossa análise se apoia nas contribuições de Ludwig Feuerbach, Friedrich Nietzsche, Karl Marx e Friedrich Engels.
Esta crítica encontra expressão no campo da religião, e não em outro, justamente pelo lugar e papel que esta tem na estrutura da sociedade.
A religião é a esfera de consolidação, de conservação, de manutenção dos valores de determinado corpo social.
A crítica à religião dominante de uma sociedade significa, portanto, uma crítica aos valores sociais dominantes daquela sociedade.
Esta nos parece ser a chave de leitura que melhor nos permite compreender a marcante presença de temas como o satanismo, a blasfêmia e a crítica à religião nas letras do metal extremo.
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