Música

Prefeitura do Recife anuncia programação dos polos carnavalescos

A Prefeitura do Recife apresenta  uma programação que se estende por toda a cidade, reunindo atrações locais e nacionais, que celebram a volta do ciclo carnavalesco

As manifestações populares são as grandes anfitriãs da festa, mostrando a força da cultura momesca recifense, principal diferencial do Carnaval de rua da capital do estado em relação a qualquer outra folia nacional. Assim, troças, caboclinhos, bois, ursos, escolas de samba, clubes de frevo, blocos líricos, caboclinhos, maracatus e tribos de índio reinam em destaque ao lado de nomes superlativos do cancioneiro nacional que integram as grades dos shows. Confira a programação completa no https://www.carnavaldorecife.com/ e pode conferir também neste link – https://bit.ly/3JZEHfv

Frevo, Maracatu, Samba, todas as matrizes da cultura recifense se encontram no mais plural dos ciclos culturais, que conta também com rock, brega e sonoridades contemporâneas, fazendo a miscelânea nos palcos e nas ruas do Carnaval do Recife, reunindo um time de peso como Chico César, Mestre Ambrósio, Emicida, Elba Ramalho, Otto, Nação Zumbi, Duda Beat, Mundo Livre, ao lado de ícones da folia pernambucana como André Rio, Marron Brasileiro, Nena Gueiroga, Almir Rouche, Spok, Maestros Ademir Araújo e Duda, Lia de Itamaracá, Quinteto Violado e Banda de Pau e Corda,  entre tantos outros legítimos representantes do Carnaval.

Neste ano, Prefeitura do Recife se baseou na escuta popular para a montagem da grade artística, na escolha de atrações pelo voto direto, aconteceu por meio do aplicativo Conecta Recife. Um processo democrático que contou com mais de 15 mil participações de moradores da cidade.

Homenageados- Para escolher os homenageados, a Prefeitura do Recife do levou em consideração os bons serviços prestados à salvaguarda da memória cultural em torno do ciclo carnavalesco e faz justiça a nomes basilares do frevo e do maracatu, sonoridades reinantes durante os festejos Carnavalescos. Zenaide Bezerra transmite os conhecimentos do passo do frevo há 65 anos. Dona Marivalda é a matriarca e rainha do secular Maracatu Estrela Brilhante. Geraldo Azevedo estreou no mundo da música e da composição pelas notas afetivas do frevo. Mais abaixo, confira abaixo os perfis dos homenageados do Carnaval do Recife 2023.

Dona Marivalda- Matriarca, rainha e presidente do Maracatu Estrela Brilhante desde os idos de 1995, Marivalda Maria dos Santos representa e congrega muitas gerações e tradições da cultura popular recifense e pernambucana. Costureira de mão cheia, começou devotando seus talentos e afetos a diversos brinquedos, de escolas de samba a grupos de maracatu, que nascem, se fundem e se confundem nas periferias do Recife. Muito trabalho e festa depois, assumiu seu lugar na linhagem de majestades, divindades e mestres das brincadeiras populares, sendo coroada rainha nas avenidas de Momo e também nos terreiros sagrados de seus ancestrais. Marivalda é testemunho de festa e fé, uma vida inteira devotada às tradições que sustentam o Recife e sua gente.

Zenaide Bezerra- Considerada a mais antiga passista em atividade do Brasil, Zenaide Bezerra tem 73 anos de idade e pelo menos 65 de frevo. Começou a dançar reproduzindo os ensinamentos e movimentos do seu pai, o renomado passista Egídio Bezerra. Em 1975, montou um grupo de dança, Grupo Folclórico Egídio Bezerra, que se dedica a transmitir, desde então, as tradições pernambucanas a muitas gerações de recifenses. Zenaide jamais aposentou a sombrinha e participa ininterrupta e efetivamente, até hoje, da programação do Carnaval do Recife. Em 2022, foi declarada Patrimônio Vivo do Recife, em reconhecimento à história que ela conta e perpetua a cada passo que se dedica a apresentar e legar para as próximas gerações do Carnaval e da cultura recifense.

Geraldo Azevedo- Nascido em Petrolina, Geraldo Azevedo entrou pela porta do frevo na carreira musical. Suas primeiras experiências no palco foram como integrante de uma banda de Carnaval. O frevo também marcou sua estreia como compositor, em 1967, quando ele escreveu a música “Aquela Rosa”, que mais tarde viria a se tornar um clássico momesco, em parceria com seu parceiro de muitos sucessos e carnavais, Carlos Fernando. Naquele mesmo ano, o frevo de bloco, que nunca mais seria esquecido pelas ruas do Recife, chegou a ser vencedor do Festival de Música Popular do Nordeste. Geraldo participou ainda do Projeto Asas da América, que resgatava o ritmo, desde seu primeiro disco, em 1979. Ao longo da carreira, seguiu colecionando parceiros importantes, como Naná Vasconcelos, Alceu Valença, Xangai e Elomar, Elba e Zé Ramalho. Com seu timbre inconfundível, confirmou-se a voz a falar por um povo inteiro. Gravou mais de 20 discos e rodou meio mundo dedilhando forró e xote, baião e maracatu, além do frevo de sempre em sua inseparável viola. Em 2019, ele revisitou o ritmo com um lançamento de um inédito disco todo dedicado ao ritmo, sob o título ‘É o Frevo. É Brasil’. Quando fevereiro chegar, faz tempo que ele profetiza, saudade já não mata a gente.

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