Pirulla: “Evolução e dispersão dos HOMINÍDEOS”

 Pirulla: “Evolução e dispersão dos HOMINÍDEOS”

Este conteúdo é baseado no vídeo “Evolução e dispersão dos HOMINÍDEOS (Parte 1: origem das espécies)”, apresentado pelo biólogo e divulgador científico Paulo Miranda Nascimento, conhecido como Pirulla. Criador de um dos canais de ciência mais antigos do YouTube no Brasil, Pirulla é uma referência no combate à desinformação e à pseudociência.

No vídeo, Pirulla explica que, durante milhões de anos, os ancestrais humanos mantiveram traços adaptados à vida nas árvores, mesmo enquanto desenvolviam habilidades essenciais para viver no solo.

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Ele destaca que, entre os Australopithecus, nenhum é tão famoso quanto Lucy. Embora seu cérebro fosse um pouco maior que o de um chimpanzé, ainda era pequeno em comparação com o cérebro humano moderno.

Segundo o vídeo, já foram identificadas pelo menos cinco espécies distintas de australopitecos, todas com fósseis encontrados na região leste da África, datando de 3,6 a 2,6 milhões de anos atrás.

Nesse mesmo período, outros hominídeos como o Kenyanthropus surgiram. Alguns já fabricavam ferramentas de pedra para cortar carne, o que marca o início do Paleolítico, segundo uma descoberta de 2015.

Essa descoberta antecipou o início do Paleolítico em mais de 700 mil anos. Entre 2,6 e 2 milhões de anos atrás, ocorre a transição do Plioceno para o Pleistoceno, uma época marcada por glaciações.

Com o esfriamento do planeta, os australopitecos — que eram onívoros — passaram a usar ferramentas de pedra. Algumas linhagens se adaptaram a uma dieta mais herbívora e são hoje classificadas como Paranthropus.

Do ramo dos australopitecos também emergiu o gênero Homo, ao qual pertencem os seres humanos modernos. A transição entre os dois gêneros é gradual e alguns fósseis não têm classificação definitiva.

O vídeo explica que o Homo habilis, com cerca de 2,3 milhões de anos, tinha um cérebro 45% maior que o dos australopitecos e já utilizava ferramentas, sendo considerado um fóssil intermediário.

É possível que o Homo habilis tivesse pelos corporais intermediários entre os chimpanzés e os humanos atuais — mais finos, mas ainda espessos.

Por volta de 2 a 1,8 milhões de anos atrás, a Terra passou por um novo resfriamento. As zonas equatoriais se tornaram mais secas, e a formação do istmo do Panamá conectou as Américas, promovendo um grande intercâmbio faunístico.

Massas de terra como Sunda (Sudeste Asiático) e Sahul (Austrália e Nova Guiné) se formaram, separadas por braços de mar. Na Europa, o Doggerland ligava terras hoje isoladas.

Pirulla mostra que um grupo de Homo habilis no Quênia desenvolveu ferramentas mais complexas e cérebro maior, originando o Homo erectus (ou sua variedade Homo ergaster), já com proporções corporais próximas às humanas.

Enquanto isso, os australopitecos foram extintos no sul da África, e a fragmentação das florestas do Congo separou os gorilas em duas espécies: Gorilla gorilla (ocidental) e Gorilla beringei (oriental).

Na Ásia, surgiu o Gigantopithecus, o maior hominídeo já conhecido — parente dos orangotangos, com dieta herbívora e até 3 metros de altura.

Por volta de 1,8 milhão de anos atrás, os orangotangos migraram para Bornéu. No mesmo período, há indícios do uso de fogo na caverna de Swartkrans, na África do Sul, provavelmente feito por Homo ergaster.

Esse uso, porém, não envolvia a produção de fogo, apenas sua preservação. Fósseis de Paranthropus também foram encontrados no local, sugerindo convivência entre espécies.

O Homo erectus iniciou a dispersão fora da África pelo Sinai, alcançando o Cáucaso, a China e a Indonésia. Na China, ficou conhecido como o Homem de Pequim.

Na África, o Homo erectus continuou a evoluir, com possíveis adaptações como pele escura. Ao mesmo tempo, o rio Congo tornou-se uma barreira natural entre os ancestrais dos chimpanzés e dos bonobos.

Por volta de 1,5 milhão de anos atrás, o Homo habilis foi extinto, provavelmente devido à competição com o Homo erectus, que já fabricava ferramentas com características bem definidas.

O Homo erectus se espalhou até o centro da China e a ilha de Java, apresentando grande variação regional.

Há evidências de que o Homo erectus chegou à Europa, podendo dar origem ao Homo antecessor. Entre 1 milhão e 800 mil anos atrás, novas glaciações abaixaram o nível do mar e conectaram terras hoje separadas.

Nesse período, os Paranthropus foram extintos, encerrando a linhagem dos australopitecíneos não humanos. Também há registros de uso controlado do fogo.

Na Europa, surge o Homo heidelbergensis, um descendente mais evoluído do Homo erectus. São atribuídos a ele os primeiros machados e técnicas de aproveitamento mais eficaz das carcaças.

Esse grupo teria dado origem ao Homo neanderthalensis, por volta de 500 mil anos atrás — conhecido por seu corpo forte, resistência e o maior cérebro já medido entre os humanos.

Enquanto isso, o Homo rhodesiensis permanecia na África. Os Neandertais se tornaram os clássicos “homens das cavernas” da cultura popular.

Pirulla reforça que a evolução humana não foi linear: houve cruzamentos entre espécies diferentes, como entre Homo erectus e Homo heidelbergensis, ou mesmo entre Neandertais e outras populações.

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