Pesquisadora brasileira recebe o Women of Discovery Award

 Pesquisadora brasileira recebe o Women of Discovery Award

Pesquisadora é a única brasileira desta edição

Pesquisadora, Patrícia Medici é uma das cinco mulheres prestigiadas com o prêmio Women of Discovery Award e a única brasileira desta edição

Patrícia Medici, pesquisadora do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, e coordenadora da INCAB – Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira, está entre as cinco mulheres reconhecidas pelo Women of Discovery Award, uma premiação da WINGS WorldQuest – organização sem fins lucrativos que financia e potencializa as pesquisas de mulheres visionárias ao redor do mundo.

Com a premiação, a pesquisadora se torna fellow da WINGS e passa a compor uma comunidade de mais de 100 mulheres cientistas e conservacionistas que já foram premiadas desde 2003. O hall de premiadas pela WINGS é formado por grandes nomes da conservação, como Jane Goodall e Sylvia Earle. O título de fellow da WINGS permitirá à Patrícia e sua equipe levar a mensagem da causa da conservação da anta brasileira para novas esferas e por isso é uma conquista tão importante.

A WINGS é composta por mulheres, desde a coordenação das atividades até as juradas responsáveis pela avaliação das nomeações, além das fellows e premiadas selecionadas anualmente. A pesquisadora afirma que a organização se destaca, principalmente no cenário atual em que crescem os números de ações envolvendo o empoderamento feminino, particularmente no universo da conservação.

“A premiação Women of Discovery do WINGS é extremamente prestigiosa! É uma organização que trabalha fortemente para empoderar a atuação das mulheres no mundo da pesquisa e conservação da natureza. Existe todo o prestígio associado a ser parte desse seleto grupo e uma contribuição financeira que vem junto com a premiação, no valor de 20 mil dólares, para fortalecer nossos esforços de conservação da anta no Brasil. Adicionalmente, o prêmio é uma oportunidade gigantesca para alcançar novos públicos, tais como as pessoas que estarão presentes na premiação em Nova Iorque, em outubro. Também, é uma oportunidade de falar, aqui no Brasil, sobre a anta ganhando mais um prêmio e com isso destacar a importância da conservação da espécie.”

Além de Patrícia Medici, três pesquisadoras brasileiras fazem parte da comunidade WINGS: Juliana Machado Ferreira, Daphne Soares e Rasaly Lopes. A cerimônia de premiação do Women of Discovery 2024 será realizada em Nova Iorque, no dia 24 de outubro de 2024.

Sobre o IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas

O IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas é uma organização brasileira sem fins lucrativos, fundada em 1992, que trabalha para conservar a biodiversidade do país por meio da ciência, educação e negócios sustentáveis. Sediado em Nazaré Paulista, São Paulo, o IPÊ também mantém um centro educacional, a ESCAS – Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade.

Presente nos biomas Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal, o IPÊ realiza cerca de 30 projetos por ano, envolvendo pesquisa científica sobre espécies da fauna silvestre, educação ambiental, conservação e proteção de habitat, envolvimento comunitário, conservação da paisagem e apoio para o delineamento e implementação de políticas públicas.

@institutoipe | ipe.org.br

Sobre a INCAB – Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira

A INCAB – Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira é um projeto do IPÊ que surgiu em 1996, na Mata Atlântica. Em 2008, a INCAB-IPÊ expandiu suas ações para o Pantanal. Em 2015, passou a estudar a anta no Cerrado e, em 2021, começou a atuar na Amazônia. Recentemente, em 2023, iniciou a expansão dos esforços para a Caatinga. A INCAB-IPÊ é uma iniciativa de longa-duração e tem o maior banco de dados do mundo sobre a espécie. A Iniciativa é pioneira na pesquisa básica e aplicada voltada à ecologia, saúde e genética da anta, assim como na avaliação das ameaças que afetam a espécie.

Sobre a anta brasileira

A anta brasileira é uma espécie sentinela, ou seja, serve como indicadora da saúde dos ecossistemas. É o maior mamífero terrestre da América do Sul, pode pesar entre 180 e 300 kg. A espécie é vital para a biodiversidade por ser importante dispersora de sementes, por isso recebe o título de jardineira da floresta. Além disso, por ocupar extensas áreas de uso, é uma espécie guarda-chuva, ou seja, garantir sua conservação também influência na existência de outras espécies que compartilham o mesmo habitat. Apesar de sua importância, a espécie está listada como vulnerável à extinção na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

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