A história da loja Passa Disco

 A história da loja Passa Disco

O empresário Fábio Cabral. Foto: Reprodução Facebook

A loja e centro cultural pode ser considerada patrimônio musical e afetivo do Recife

Por AD Luna

Foi no ano de 2003 que o agrônomo e ex-sócio do extinto bar Rei do Cangaço Fábio Cabral foi convidado a participar de uma coletiva de imprensa, mesmo sem ser jornalista. O evento marcava o lançamento do disco Micróbio do frevo, de Silvério Pessoa, e o cantor convidara Fábio devido às conexões do empresário com a cena musical de Pernambuco.

Na ocasião, a repórter Michelle Assumpção comentou com ele a respeito do grande número de CDs produzidos por artistas do Estado, mas que estranhava o fato de não existir uma loja especializada no segmento.

Foi com essa ideia na cabeça e a disposição de colocá-la em prática que surgiu a Passa Disco – loja que pode ser considerada patrimônio musical e afetivo do Recife.

Desde o dia 5 de setembro deste ano (2017), ela funciona em novo local: Galeria Hora Center, na Rua da Hora, 345. Além de discos de artistas pernambucanos, o estabelecimento comercializa CDs, DVDs e LPs de bandas, cantores, cantoras e instrumentistas nacionais.

Desde 2006, Fábio Cabral ampliou o campo de ação do seu empreendimento cultural transformando-o também em selo musical e produtora.

O primeiro rebento do selo foi a compilação Pernambuco cantando para o mundo.

“Percebi que alguns clientes queriam levar, alguma coisa representativa do Recife, principalmente quando iam viajar. Pensei: se tem essa procura, então vou fazer”, relembra Cabral.

Entre compositores e intérpretes presentes nessa primeira coletânea estão nomes como Lenine, Lula Queiroga, Herbert Lucena, Alessandra Leão, Zé da Flauta, Zé Rocha, Mônica Feijó, Maciel Melo, Eddie e Xico Bizerra.

Desde então, o catálogo do selo passou a reunir 16 títulos, incluindo a série já citada.

Psicoativo (Zé da Flauta), Sem medo, sem freio, sem dor (Projeto Sal), A.m.a.r.t.e (Claudia Beija), Valsas, Canções e tudo que há (Xico Bizerra), Accioly Neto (Meu forró) e as coletâneas Pernambuco frevando para o mundo e Pernambuco forrozando para o mundo são as produções lançadas pelo selo.

Antes da Passa Disco, Fábio e seu irmão Felipe Cabral organizavam eventos e shows no bar Rei do Cangaço, que funcionou no bairro de Casa Forte.

Ele então aproveitou a experiência e os contatos para também produzir apresentações no estabelecimento. “Um dos primeiros foi o Aboiando a vaca mecânica, de Lula Queiroga. E foi ele quem deu o nome da loja”, informa.

A Passa Disco também promove a Feira do Vinil, que é uma reunião de vendedores, colecionadores e fãs desse formato de disco. O encontro ocorre de três a quatro vezes ao ano, juntamente com pocket shows.

Ouça o programa com Fábio Cabral

Ouça “Passa Disco 15 anos #61” no Spreaker.

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