Os perigos da constelação familiar
Pesquisadores têm classificado a Constelação Familiar como pseudociência e afirmam que a prática pode trazer problemas para quem dela se utiliza
Os perigos da constelação familiar – Criada pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, em 1978, a Constelação Familiar Sistêmica busca resolver problemas mal resolvidos, mágoas e ressentimentos acumulados, que podem gerar sofrimentos que perduram em famílias por várias gerações. Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o método tem sido aplicado em mais de 16 estados e no Distrito Federal, em casos de violência doméstica e em processos da Vara da Família.
Matéria publicada no site do Conselho Nacional, em abril de 2018, registra que a então juíza auxiliar da Corregedoria do CNJ, Sandra Silvestre, classificara a Constelação Familiar como um “poderoso instrumento de pacificação social”.
“O sistema judicial brasileiro cada vez mais avança para um sistema de múltiplas portas, fazendo que o cidadão possa ter acesso à Justiça por diferentes meios e mecanismos”, declarou Silvestre à reportagem.
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Apesar desse acolhimento no judiciário, ainda não há registro de comprovação científica para o método.
Pesquisadores têm classificado a Constelação Familiar como pseudociência e afirmam que a prática pode trazer problemas para quem dela se utiliza.
Neste vídeo, publicado em seu canal no YouTube chamado “Física e Afins”, a física e divulgadora científica Gabriela Bailas expõe o resultado de pesquisas realizadas a respeito do criador da Constelação e da insuficiência de evidências que comprovem a eficácia do método.
Gabriela Bailas fala sobre os perigos da constelação familiar
Gabriela Bailas é doutora em Física de Partículas na área teórica. Concluiu seu PhD na França. No canal “Física e Afins”, ela compartilha seus pensamentos e opiniões sobre a vida na área acadêmica.
No link original do vídeo, Bailas relaciona uma lista de artigos citados.
Pseudociência (Constelação familiar) dentro da universidade – relato quântico