Os cinco “melhores” discos pernambucanos da década
Lia de Itamaracá em foto de José de Holanda
Por AD Luna
Bom, o pessoal da revista Gruvi me pediu pra listar trabalhos musicais que se destacaram no período entre 2011 e 2020. Tarefa dificílima. Mas seguem aí meus pitacos.
Antes, é bom dizer que essa leseira de banda, artista, estilo musical “melhor” ou “pior” que outro/outra é uma coisa anacrônica, sem sentido, egocêntrica, umbiguista e pré-jurássica.
Serve mais como brincadeira de postagem de rede social – o que pode ser divertido mesmo.
Mas quando toma ares de grande seriedade se torna patético e infantil.
Por mais informações e conhecimento que se tenha, o tal do gosto musical é algo mega carregado de subjetivismo, extremamente pessoal.
Nação Zumbi – “Nação Zumbi” (2014)
Nação Zumbi se compara a Por pouco, do Mundo Livre S/A, lançando em 2000. Não no sentido estético, de feitura das composições – são bandas sonoramente bem diferentes uma da outra.
A comparação se dá mais pelo espírito, pela aura que emana da maioria das músicas registradas.
São discos nos quais as bandas em questão decidiram sorrir mais, serem mais alegres e expansivas. Esse disco da Nação talvez seja o que continha o maior número de canções “cantaroláveis” desde Rádio S.Amb.A. (2000). Ouça o álbum completo aqui.
Lia de Itamaracá – “Ciranda sem fim” (2019)
Disco com produção impecável do DJ Dolores.
Valoriza a potente e marcante voz de Lia, embalada por coloridos poéticos e gráficos (a capa é uma das mais bonitas já criadas em território nacional). Merecia e merece ainda ser mais ouvido e divulgado.
Zé Manoel – “Do meu coração nu” (2020)
É praticamente um disco de música “alternativa e underground” pernambucana. Pois você não vai encontrar nenhuma das suas belas músicas nas listas de mais ouvidas do Spotify ou Deezer.
É música para passear por outras dimensões da mente, abandonando o peso da animalidade dos nossos corpos. Ouça o disco completo aqui.
Cangaço – “Rastros” (2013)
Trio thrash metal formado por excelentes e talentosos músicos.
O Cangaço soube muito bem unir suas cordas distorcidas e bateria potente com as sonoridades nordestinas, de maneira natural e criativa. Ouça o disco completo aqui.
A banda, inclusive, ganhou a recomendação do ex-VJ da MTV Gastão Moreira em seu canal no YouTube.
Triinca – “Triinca”
Autêntico pop pernambucano, com toques rock e sonoridades locais como o brega funk.
Letras bem sacadas, daquelas que você ouve e fica imaginando as situações descritas e uma vocalista carismática. Ouça o disco completo aqui.
