Por Derley Menezes*
Espiritualidade é um termo que começa a ser utilizado no século 19, tem como características a noção de vida interior na sua relação com Deus, experiência mística pessoal e seria algo diverso (espiritualidade cristã e suas variações, espiritualidade budista e suas variações internas, etc). Eu diria que podemos falar de dois sentidos do termo: por um lado a espiritualidade seria compreendida como um modo de vivenciar uma religião tradicional e por outro ela seria um conceito mais amplo, que se pretende distinto de religiões específicas.
Ouça “Ciência, religião, espiritualidade e budismo com Derley Menezes – #04” no Spreaker.
Nesse sentido os novos movimentos religiosos típicos do que se chama Nova Era costumam invocar esta noção para justificar suas leituras que defendem a unidade das religiões afirmando que pela via da espiritualidade seria possível uma conexão melhor do que pela via das religiões tradicionais.
Outro uso do termo nesse sentido mais aberto envolve coisas como certa positividade psicológica, bem-estar pessoal, felicidade. Aqui é o campo da pessoa que diz ser espiritual e não religiosa, alguém que pega só o que é bom de cada religião que conhece. Aqui mesmo pessoas não religiosas podem afirmar que praticam algum tipo de espiritualidade.
O significado do termo espiritualidade foi ampliado recentemente para incluir
conceitos psicológicos positivos, como significado e propósito, conexão, paz de
espírito, bem-estar pessoal e felicidade […] Essa nova versão de espiritualidade
evoluiu para incluir aspectos da vida que não tem nada a ver com religião, além de,
muitas vezes, excluir a religião por completo, como na afirmativa “sou espiritual,
não religioso”. Isso pode tornar a espiritualidade indistinguível de conceitos
seculares […]Espiritualidade tornou-se um termo popular e flexível, sobretudo em
círculos acadêmicos seculares, devido à sua imprecisão, amplitude dependência de
auto-definição. Esse termo pode incluir a todos, mesmo os não – religiosos
A espiritualidade (origem latina Spiritus= sopro) seu sentido primordial é colocar o
indivíduo em contato com a transcendência. A espiritualidade funcionaria como um
recurso interno, que pode ser acionado pelo contato com o sagrado, com a natureza,
com as artes, com a experiência da doação de si, ou engajamento em causas que
visam o bem coletivo. Expressar-se-ia como a busca de um ser superior, ou no
envolvimento com temas éticos, estéticos, sociais, que vão além do sentido
puramente material e imediato
*Derley Menezes é doutor em Ciências das Religiões pela UFPB, autor do livro “Nietzsche e o Budismo – Entre a Imanência e a Transcendência”
Nietzsche e o Budismo – Entre a Imanência e a Transcendência
Por Derley Menezes Alves
O livro Nietzsche e o Budismo: entre a imanência e a transcendência apresenta uma nova perspectiva acerca da relação entre Nietzsche e o budismo. Nele o autor investiga em primeiro lugar as fontes lidas pelo filósofo alemão de modo a oferecer ao leitor uma visão mais clara acerca do contato real que Nietzsche teve com o budismo.
Em seguida, a partir desta base, temos uma comparação entre o budismo conhecido por Nietzsche e sua filosofia tendo como fios condutores os conceitos de imanência e transcendência.
Trata-se de uma obra importante para estudiosos de orientalismo e das conexões entre filosofia e religião para além das tradições monoteístas.
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