O repertório surge como uma colcha de retalhos sonoros que fundamentam o universo essencial do coletivo que funde, em sua obra instrumental, elementos de funk, soul, ethno grooves, rock e jazz. O show de estreia acontece no Sesc Pinheiros, no dia 16/06, às 18h
Lançado pelo selo de Nova York Nublu Records, em formato digital e também com prensagem em vinil confirmada, “Terceiro Mundo” é um mergulho pelo universo essencial do coletivo. Neste registro, uma continuidade aos dois repertórios focais – e fundamentais – na discografia da banda: “Nomade Orquestra” (2014) e “Entremundos” (2017). Somam nessa jornada “Vox Populi Vol I” e “Vox Machina Vol I”, ambos de 2019, além de “Nomade Orquestra Na Terra das Primaveras” (2022).
“A escolha do título também remete ao próprio termo geopolítico, em que o terceiro-mundismo se faz presente em nossas experiências: Brasil, São Paulo, ABC. Nós encaramos a realidade e todos os desafios que nos são impostos de maneira esperançosa.
Com 12 anos de estrada, levando shows pelo Brasil e diversos outros lugares do mundo, Nomade Orquestra segue acreditando em seus sonhos, ideais e, sobretudo, propósito. Na ficha técnica do disco, o timaço envolvido reúne Guilherme Nakata (bateria), Ruy Rascassi (contrabaixo), Marcos Mauricio (piano / órgão / clavinete / sintetizadores), Beto Malfatti (sax tenor / flauta / dizi), Marco Stoppa (trompete / flugelhorn), Bio Bonato (sax barítono / flauta / pífano), Luiz Galvão (guitarra / violão), Victor Fão (trombone) e André Calixto (gaita). Raphael Coelho (percussão) e Ana Eliza Colomar (sax alto / flautas / hulusi), novos membros, chegaram no processo final da composição do disco trazendo um novo frescor ao grupo.
Caminhando rapidamente pelo trabalho, a track “EntreMundos” simboliza a transição do segundo álbum para este novo capítulo. “O Nascimento do Sol Invencível” é uma expressão de fé no amanhã. Já em “Peixeira Amolada & Quebra-Queixo”, a ideia é explorar estereótipos populares do terceiro mundo, enquanto “Cidade Estrangeira” mergulha na diversidade cultural de São Paulo.
Vale destacar que na faixa ‘O Nascimento do Sol Invencível’ foi usado um sample do pensador contemporâneo e ativista Paulo Galo, onde é dito que “nóis tá armando uma revolução sem falar”. É exatamente essa a sensação que o disco traz”.
“Terceiro Mundo” é, do começo ao fim, uma experiência para quem gosta de música, cinema e artes em geral. Aposta certa para os amantes da música brasileira, jazz, rap e da variedade de estilos reunidos em um só lugar. Entre os ícones que se conectam com as narrativas propostas pelo grupo estão Khruangbin, Yussef Dayes, Curtis Mayfield, Arthur Verocai, John Coltrane, Moacir Santos, Hermeto Pascoal, Ennio Morriccone, Max Roach, Skatalites, Melba liston, Ryuchi Sakamoto e Letieres Leite.
“Terceiro Mundo” é um projeto contemplado pela 7ª Edição do Edital de Apoio à Música para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura.
Formada em 2012, sua identidade musical se deve ao resultado da miscigenação cultural que existe no Brasil, sobretudo no ABC Paulista, pólo industrial situado na Grande São Paulo, onde se originou a Orquestra.
O primeiro disco, autointitulado “Nomade Orquestra“, foi lançado em dezembro de 2014 no Brasil, e em abril de 2016 internacionalmente pelo selo inglês FarOut Recordings. Em novembro de 2016, realizaram a primeira EuroTour, apresentando-se em países como: Portugal, Espanha, Inglaterra, Bulgária e Alemanha. Desde então, vem conquistando ouvintes, mentes, corações e quebrando fronteiras por onde passa.
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