No último final de semana antes dos festejos de Natal, o Parque Ibirapuera receberá trabalhos de três artistas que serão projetados na fachada do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, equipamento da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, numa ação realizada pela instituição em parceria com o Coletivo Coletores.
Unidos por se contraporem ativamente ao apagamento negro e questionarem o direito à cidade e à memória, o MAB Emanoel Araujo e os artistas Toni Baptiste e Flávio Camargo, do Coletivo Coletores, compõem o comitê misto que desenhou esta primeira edição de projeções de vídeo mapping na fachada do Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, sede do Museu.
Para celebrar esta projeção de trabalhos de artistas realizados a partir de diferentes contextos e referências, o Museu preparou atividades complementares que são convites para mergulhar na linguagem do vídeo mapping.
No dia 16/12 às 16h30, no Teatro Ruth Cardoso, haverá uma conversa com os artistas Toni Baptiste e Flávio Camargo, do Coletivo Coletores, acompanhados pelas pessoas/grupos selecionados no edital, sobre Arte, Tecnologia, Negritude e Espaço Público. Em seguida, serão projetados os primeiros trabalhos na parte externa do prédio do Museu.
No dia 17/12, está previsto um workshop ministrado também pelo Coletivo Coletores, voltado a artistas iniciantes ou profissionais que queiram conhecer ou se aprofundar na técnica do vídeo mapping, também às 16h30. E às 19h terá início o segundo momento de projeção na fachada, com duração até às 22h.
O Museu Afro Brasil Emanoel Araujo tem um longo e profícuo histórico de atuação junto aos artistas de rua, muralistas e grafiteiros. Desde sua fundação, várias mostras de obras de artistas que adotam estas linguagens participaram de exposições na instituição, com destaque para Território Ocupado (2006), considerada uma das primeiras mostras sobre grafite exibidas em museus brasileiros.
Nesse sentido, buscando dar mais visibilidade a esta produção e aliada a um programa de intervenções nas diferentes fachadas do prédio do Museu, a Associação Museu Afro Brasil, organização social de cultura gestora do Museu, lançou o edital de ocupação da fachada, iniciativa que se repetirá anualmente.
Com o intuito de ampliar e diversificar o diálogo com diferentes públicos e expandir a relação do Museu com o seu entorno, o projeto promove uma maior integração da instituição ao parque, atraindo novos visitantes, ao mesmo tempo em que explora a arquitetura do Pavilhão onde o Museu está instalado.
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