O MADA Faz Escola é projeto social que está na sua terceira edição atuando em 15 escolas nas quatro zonas da rede pública da capital do Rio Grande do Norte
Música Alimento da Alma – para quem não sabe, é o que significa MADA, nomenclatura que dá título a um dos mais importantes festivais de música do país, mas que não vive só de shows. A iniciativa, dirigida por Jomardo Jomas, também é a responsável pelo MADA Faz Escola, projeto social que está na sua terceira edição atuando em 15 escolas nas quatro zonas da rede pública da capital do Rio Grande do Norte.
Com produção da Pinote Produções, esta é a maior edição do projeto que tem como um dos principais objetivos educar através da música sob os pilares da tecnologia e sustentabilidade. Segundo a coordenadora Nathalia Santana, além das 15 escolas contempladas, 15 artistas estarão em circulação. “Em cada escola recebemos sempre dois artistas, que batem um papo com os jovens estudantes e ilustram o papo sonoramente executando suas músicas”, explica.
Realizado via Itaú e Lei Federal de Incentivo à Cultura, o projeto está inserido no artigo 18, que pontua que a ação musical deve ser do gênero instrumental, portanto as atrações convidadas são deste segmento. “Os artistas vão desde a música clássica e popular, passando pelo jazz ao frevo, do chorinho ao eletrônico, e por aí vai”, comenta Nathalia.
Dentre os representantes da música eletrônica estão Brisa, DJ Samir, Gabriel Souto, Pajux, Tinoc, Um2, além de Elisa Bacche que mistura timbres eletrônicos com percussão ao vivo. Já aqueles que ficam entre o clássico e o popular são Jow Ferreira Trio, Tiquinha Rodrigues e Pau e Lata. Priscila Matos levanta a bandeira do choro, enquanto Jubileu Filho vai levar a música instrumental brasileira para as escolas de Natal. Fechando este grande time, o Frevo do Xico vai falar sobre um dos mais importantes ritmos do Nordeste, enquanto Cajú com Jazz traz os acordes deste elegante gênero e Eduardo Taufic representa o piano popular.
A ideia é justamente trabalhar com artistas de diferentes frentes para poder compor um alcance mais democrático, inclusivo, e de interesse popular. “Entendemos que dessa forma ampliamos o leque de sonoridades, mas também dessa possibilidade dos jovens conhecerem artistas com trajetórias mais amplas e a turma mais jovem que vem construindo seus caminhos”. Ainda segundo Nathalia, os encontros entre os jovens estudantes e os artistas vão transitar entre temas como composição, processo criativo, referências artísticas, mercado de trabalho, distribuição, consumo, carreira, entre outros que naturalmente são levantados no processo de troca.
Vale ressaltar que uma das preocupações da direção é levantar discussões que tratam a sustentabilidade também como ponto central e de grande importância a ser discutido. Inclusive ao final da temporada, serão selecionadas duas escolas para receberem a aula sobre “instrumentos reciclados”, com o grupo Pau e Lata.
Nesta quarta-feira (26), a partir das 10h e vai acontecer na E. E. Prof. Edgar Barbosa com Jow Ferreira Trio e Gabriel Souto e as demais ações, em Maio, serão divulgadas posteriormente.
Edição de 25 anos- Com datas marcadas para 13 e 14 de Outubro no Arena das Dunas, o Festival MADA prepara uma grande festa para celebrar os 25 anos. Margareth Menezes, Liniker, Luedji Luna e Matuê são as primeiras atrações confirmadas e em breve, mais nomes serão revelados. A novidade para este ano é que a ocupação do gramado será completa, o que vai proporcionar uma circulação ainda maior do público que ano passado esgotou os ingressos, somando 25 mil pessoas. Os ingressos do primeiro lote vão de R$80 a R$400 e já estão disponíveis aqui.
Mada- Idealizado pelo produtor cultural, Jomardo Jomas, o Festival MADA estreou em 1998 e alavancou o histórico bairro da Ribeira, em Natal (RN), para o holofote nacional. Logo de início, o evento integrou o primeiro calendário brasileiro de festivais, ao lado de Abril pro Rock, Porão do Rock, Goiânia Noise e outros tantos pioneiros.
A produção privilegia a música contemporânea e de vanguarda, inserindo o pop, rap, a mpb e indie em seus diversos sotaques, identidades e estilos. Esse equilíbrio fez do MADA o evento musical de maior público do Rio Grande do Norte e um dos maiores do Brasil. Os palcos lado a lado, idênticos, são exemplo de respeito aos artistas e se equipara às normas de políticas públicas para a cultura — que é oferecer as melhores condições para a atração, independente do seu alcance midiático.
Diferentes lugares já sediaram o festival, como o bairro histórico Ribeira (1998 a 2003), a Arena do Imirá na beira mar da Via Costeira (2004 a 2011), o bairro das Rocas (2012 e 2013) e o Estádio de futebol Arena das Dunas (2014 a 2022). Ao longo de sua trajetória, o MADA realizou shows de mais de 700 bandas e artistas independentes, grandes atrações nacionais e internacionais.
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