Linguística Popular: pesquisadores da UFSCar participam de manual inédito
Linguística Popular é tema de trabalho publicado por editora alemã que analisa a importância de Amadeu Amaral
Três pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) participam, com a produção de um capítulo, do primeiro manual de linguística popular publicado até então. O livro, intitulado “Manuel de Linguistique Populaire”, foi lançado no final de 2023 pela editora De Gruyter da Alemanha e reúne pesquisadores da América do Norte, Europa Ocidental e Oriental, e América do Sul, entre eles, os professores Roberto Leiser Baronas e Lígia Boin Menossi de Araújo, ambos do Departamento de Letras (DL), e a pesquisadora Tamires Cristina Bonani Conti, doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGL), todos da UFSCar.
O capítulo de Baronas, Menossi e Conti, intitulado “Portugais brésilien”, discute o relevante papel de Amadeu Amaral e de seu livro “O Dialeto Caipira”, de 1920, na constituição dos estudos linguísticos e populares praticados no Brasil; a produção é vinculada ao Laboratório de Estudos Epistemológicos e Discursividades Multimodais (LEEDIM) da UFSCar, do qual os três autores brasileiros fazem parte.
“É dada uma ênfase especial a áreas e tendências novas e dinâmicas como a Linguística popular, por exemplo, que estão se tornando cada vez mais importantes tanto na pesquisa quanto no ensino, mas que não foram tratadas no seu conjunto. Cada volume oferece uma visão geral claramente estruturada da história e dos desenvolvimentos mais recentes em cada um dos campos da linguística românica”, afirmam os pesquisadores da UFSCar.
O Manual
Resultado de um trabalho que durou mais de três anos, o livro foi organizado pelas pesquisadoras Lidia Becker, Sandra Herling e Holger Wochele, todas ligadas a universidades e centros de pesquisa da Alemanha, e está dividido em três partes: 1) Historiografia, teoria e métodos; 2) Linguística popular em domínios específicos; e 3) Linguística popular na România.
O manual faz parte da coleção internacional “Manuais de Linguística Românica (MLR)” da De Gruyter, que apresenta, por um lado, uma visão geral enciclopédica da linguística românica e, por outro, leva em conta as últimas descobertas de pesquisa em diferentes campos da linguística praticada nesse espaço geopolítico. A coleção MLR está dividida em duas seções temáticas principais: 1) línguas e 2) áreas temáticas.
A primeira parte abrange todas as línguas românicas (incluindo os crioulos), cada uma das quais é objeto de um volume separado, sendo que recebem atenção especial as línguas minoritárias, que até agora não foram tratadas sistematicamente no contexto de visões gerais. A segunda seção inclui apresentações sistemáticas de todos os domínios e subdomínios, tanto tradicionais quanto novos, da linguística românica, com um volume separado dedicado a questões de método. Para conferir o sumário do livro, acesse o site da De Gruyter.
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