A pernambucana Laís de Assis participa do InterD – Mulheres Instrumentistas de Pernambuco. Na conversa com o músico e jornalista AD Luna, a violeira, violonista, arranjadora, pesquisadora e arte-educadora fala sobre sua carreira e do primeiro disco, “Ressemântica”, cujo lançamento ocorre neste sábado (5), às 19h, no Teatro Marco Camarotti, no Sesc Santo Amaro, no Recife.
“Ressemântica”, que está disponível nas principais plataformas digitais, carrega a essência do feminino ancestral, em suas 13 faixas. O álbum explora novas sonoridades da viola nordestina, mas que buscam preservar o singular sotaque dessa linguagem. A maior parte das criações foram compostas e arranjadas pela própria artista. Ouça aqui.
“O disco é resultado da minha liberdade artística e criativa em relação à viola, de tudo que vivenciei na vida até chegar nele. ‘Ressemâantica’ é parte de mim que se transformou em som. Minha musicalidade vem muito disso, de incorporar vários elementos dentro do sotaque da viola nordestina, de criar essas imagens sonoras”, explica Laís, que foi encedora nacional do Prêmio Profissionais da Música 2021 na categoria Violas e Violeiros.
Laís de Assis participa do InterD – ouça a entrevista
Ouça “Laís de Assis participa do InterD – Mulheres Instrumentistas do Recife #20” no Spreaker.
A obra tem produção e direção musical de Yuri Queiroga, design e ilustrações de Karina Freitas e produção geral de Naara Santos. A mixagem foi realizada por André Oliveira, no estúdio Muzak, no Recife. A masterização foi realizada pelo engenheiro de áudio Homero Lotito, do Reference Mastering Studio, de São Paulo.
Disco “Ressemântica” é dividido em três ambientes
“Ressemântica” segue um roteiro, um ciclo que propõe três ambientes diferentes, envolvidos pela viola solo, banda base de Laís e participações, que ela chama de uma “conversa sonora”.
As aberturas de cada bloco são pontuadas por poesias de Graça Nascimento, da cidade de Canhotinho, localizada no agreste de Pernambuco. “Graça é mulher potente, que deixa sua marca por onde passa. Com ela aprendo cada vez mais sobre a liberdade do eu feminino e minhas ressignificações”, exalta Laís.
Na primeira parte, as composições fazem alusões à ideia de chão, de raízes fincadas e ancestralidades, com participações das mulheres da aldeia indígena Tuxá e da cantora e rabequeira Renata Rosa. Essa abertura é representada pelas faixas “Coragem”, ‘Entre Luas e auroras”, “Mãe D’água”, ”Centelha” e ”Terra Vermelha” – primeiro single lançado por Laís, o qual conta com participação do percussionista Gilú Amaral.
A segunda trabalha com o conceito de descoberta, reconhecimento e aceitações baseadas nas músicas “Morada”, “Cortando caminho, “Frevo para um carnaval que não passou” (com participação do trombonista Nilsinho Amarante), “Ponteada” e ‘A Dama de Espadas”. Esta foi composta pelo violeiro Adelmo Arcoverde, que divide o arranjo e a interpretação da viola de dez cordas com a sua pupila.
A versão física de “Ressemântica” pode ser adquirida na loja recifense Passa Disco. Clique aqui.
O especial InterD – mulheres instrumentistas do Recife foi viabilizado por meio do Edital Braúlio de Castro, da Lei Aldir Blanc da Secretaria de Cultura do Recife.
O programa na íntegra
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