Fábio Massari lança álbum italiano que cobre o período de 1983 a 1992. Um mergulho único no saboroso sugo (contra) cultural local. Uma receita muito pessoal. Bandas, discos, shows, selos, livros, revistas, fanzines, programas de rádio e TV, exposições, feiras, clubes, lojas
Assim como fez no seu 84 – o álbum inglês, o Reverendo Massari mergulhou nos seus arquivos e produziu um álbum inédito com as crônicas – ilustradas – de uma longa e estranha viagem. Neste caso, abriu o baú italiano, liberou a memorabilia do período e narrou suas peripécias em busca dos bons sons na terra dos seus ancestrais.
O título é autoexplicativo: esse álbum italiano cobre o período que vai de 1983 a 1992. Um mergulho único no saboroso sugo (contra) cultural local. Uma receita muito pessoal. Bandas, discos, shows, selos, livros, revistas, fanzines, programas de rádio e TV, exposições, feiras, clubes, lojas.
Em clubes ou estádios, a lista de shows impressiona: Rod Stewart, Peter Gabriel, Dire Straits, Simple Minds, Litfiba (no lendário Rolling Stone!), Died Pretty, The Legendary Pink Dots, Jane’s Addiction, An Emotional Fish, Living Colour (com abertura do Stereo MC’s), Willy DeVille, They Might Be Giants, The Cynics (com The Hermits abrindo), Radical Dance Faction, Mudhoney e Superchunk (estes dois últimos juntos, no City Square de Milão, em 1992).
No melhor espírito scene report, Massari escreveu sobre dois importantes selos italianos, Vox Pop Records e Materiali Sonori; dedicou um capítulo às lojas de discos, como Supporti Fonografici, New Zabriskie Point e Sweet Music (dentre outras); mergulhou na história da Radio Popolare – “No começo da década de 1990, em algumas horas semanais, transmitia a melhor programação musical do mundo”; e dissecou a prolífica cena de revistas de música, de publicações como Velvet, Rumore, Mucchio Selvaggio e, claro, da clássica Rockerilla.
83/92 também abre espaço para literatura, com os livros de Tiziano Sclavi (dentre outros autores), além da arte do mestre Andrea Pazienza e uma cobertura especial do evento Dylan Dog Horror Fest, que ocupou o Palatrussardi, de Milão, em maio de 1992. Para fechar, uma discografia italiana de Fábio Massari, com petardos dos anos 1960 até os dias atuais.
Da Assessoria
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