O espetáculo “Margarida, pra você lembrar de mim” segue temporada de apresentações gratuitas em São Paulo. A iniciativa, que estará em cartaz ao longo de novembro, é uma tentativa poética de dar vida à memória de Margarida Maria Alves, militante camponesa assassinada em 1983 por interesses políticos de latifundiários. Nele, Luz Bárbara manipula objetos narrativos, abertura de câmera ao vivo e projeções audiovisuais em uma narrativa que reconta fatos históricos de raro conhecimento público. A memória é reconstruída de maneira fractal e entrecruza o ato de lembrar a trajetória de Margarida, recontar a memória do Cariri paraibano, reencantar a memória ancestral da nação Kariri e um exercício de autoficção.
A peça é resultado de um trabalho artístico de pesquisa iniciado em 2015 a partir da migração de Luz Bárbara para São Paulo. Desde então, Luz iniciou uma busca por compreender suas raízes identitárias e foi nesse processo que se reconectou com a memória de Margarida Maria Alves e tem visibilizado através da performance a identidade étnica da militante camponesa.
“Tenho me emocionado com o retorno do público tanto imediato no ato da performance como após as apresentações – muites migrantes nordestines ou filhes de migrantes nordestines relataram que a peça desperta a saudade de suas terras natal, também muitas pessoas vêem na interpretação que faço de Margarida suas mais velhas, além disso tenho percebido que a obra sensibiliza as pessoas em geral para a questão da luta por terra e território através da memória afetiva”.
““Margarida, pra você lembrar de mim” fez parte da programação do 26° Porto Alegre Em Cena – Festival Internacional de Artes Cênicas, em setembro de 2019, no Rio Grande do Sul. Compôs a programação da Marcha das Margaridas 2023 e foi destaque na programação do Festival Unaé – Sonhar o Cariri. A dramaturgia da obra foi publicada pela n-1 edições em parceria com a Outra Margem na Caixa de Dramaturgias Indígenas. Agora, “Margarida, pra você lembrar de mim” encerra oficialmente a sua temporada com duas novas datas anunciadas. As apresentações acontecem nos dia 28 e 29/11, respectivamente, na Ocupação Artística Canhoba, em Perus, às 10h, e no Espaço Cultural Morro Doce, às 18h. Entradas são gratuitas.
A trilha sonora do espetáculo é composta pelo cantor e compositor Chico César e representa a exploração da musicalidade do espaço rural nordestino e a estética da música experimental, semelhante à sonoridade analisada pelo grupo “Jaguaribe Carne”, fundado em plena ditadura militar, do qual o compositor foi integrante. A contraposição dessas sonoridades permite explorar musicalmente a coexistência de tempos, espaços e experiências, proposta pelo espetáculo, e também criar diferentes atmosferas narrativas para ritmos como ciranda, coco de roda, caboclinho, boi, maracatu e cavalo marinho.
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