Campanha do Dia Mundial do AVC, 29 de outubro, alerta para impacto do atendimento rápido e reabilitação precoce, intensiva e interdisciplinar para reduzir sequelas e melhorar a qualidade de vida do paciente
O AVC (Acidente Vascular Cerebral) é a maior causa de morte no Brasil, de acordo com a Rede Brasil AVC. Ainda conforme a entidade, 56.320 pessoas morreram no país após ter um AVC no primeiro semestre deste ano. Esse número é superior aos falecimentos por infarto ou Covid-19. Com o objetivo de chamar atenção para a importância do rápido atendimento, a Rede Brasil AVC lançou a campanha “A Vida Conta – Cada minuto faz diferença” para marcar o Dia Mundial do AVC, celebrado no dia 29 de outubro. A agilidade é determinante no tratamento agudo dentro do hospital, mas também tem impacto significativo na reabilitação no pós-AVC, já que quanto mais precoce for o início da reabilitação, maior a chance de reduzir as sequelas e dependência do paciente, além de melhorar sua qualidade de vida.
De acordo com o estudo Copenhagen Stroke Study, 95% dos ganhos de recuperação ocorrem nos primeiros três meses (90 dias) após o AVC. Por isso, recomenda-se que pacientes que perderam a independência para alguma atividade básica de vida diária, como comer ou tomar banho, iniciem a reabilitação intensiva entre quatro e sete dias após o AVC. “Quando focamos energia na reabilitação em estimular cognição ou reduzir déficit de estrutura e função, podemos ter um melhor desfecho a longo prazo”, pontua Flaviane Ribeiro, fisioterapeuta e coordenadora de Reabilitação da Clínica Florence, lembrando que essa reabilitação pode ser feita com o internamento em unidades especializadas de transição de cuidados/reabilitação, especialmente quando o paciente apresenta déficits importantes, ou necessita de acompanhamento médico e multidisciplinar constante, ou de uma terapia de alta intensidade (até 15 a 18 horas por semana de terapia).
Para Helena Ferreira Cerqueira, psiquiatra infantojuvenil, a reabilitação intensiva foi decisiva na recuperação de sua mãe, que sofreu um AVC isquêmico grave. A paciente ficou internada cerca de 40 dias em unidade de terapia intensiva (UTI) e a filha percebia a necessidade de iniciar a reabilitação após a estabilização clínica. Em seguida, ao concluir este período no hospital geral, a paciente foi indicada para a continuidade dos cuidados na Clínica Florence Unidade Recife.
“Ficávamos tensos de como seria após o período crítico, entendendo que o fator tempo seria importante para sua recuperação. Quando iniciou a reabilitação na Florence, ela teve ganhos com a retirada de traqueostomia, retorno da alimentação via oral e volta da fala, sendo acompanhada pela equipe multidisciplinar, que nos acolheu e nos deu segurança no tratamento”, explicou Helena.
Depois de oito meses se recuperando de um AVC, o jovem Gustavo Cisneyros, 28 anos, pôde retornar gradativamente as suas atividades com mais independência: “Após o meu AVC em fevereiro, fiquei sem sentar, falar e deglutir os alimentos de forma segura. Passados os períodos de internação em UTI e em uma clínica em São Paulo, onde iniciei o processo de reabilitação com fonoaudiólogo e fisioterapeuta, retornei a Pernambuco, e fui encaminhado para internação na Florence. Em dois meses, eu já fazia algumas tarefas sozinho, como higiene pessoal, comer alguns tipos de alimentos, saí treinando uma marcha mais independente com o uso de dispositivos, além de uma fala mais compreensiva”, comentou Gustavo, que comemora o retorno da capacidade de realizar atividades da vida diária e continua em processo de reabilitação em regime ambulatorial.
Os principais sintomas do AVC são dor de cabeça muito forte e súbita, fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, paralisia, perda repentina da fala ou dificuldade em se comunicar e perda da visão, de acordo com o Ministério da Saúde. Em caso de suspeita, é recomendado procurar o serviço de urgência imediatamente para uma avaliação médica.
Sobre a Clínica Florence
A Clínica Florence é o primeiro Hospital de Transição de Cuidados do Norte/Nordeste, especializado no atendimento a pacientes que necessitam de um Programa de Reabilitação intensiva ou Cuidados Paliativos de fim de vida — perfil Hospice.
Atualmente com duas unidades, uma em Salvador (BA) – inaugurada em 2017, e outra em Recife (PE) – inaugurada em 2021, representa um marco no tratamento humanizado, com instalações projetas com atenção aos mínimos detalhes para criar uma atmosfera mais pessoal e acolhedora e um serviço que possibilita maior interação entre o paciente e seus familiares. Conforto, segurança, acessibilidade, proteção e tranquilidade fazem parte de cada ambiente e influenciam diretamente no bem-estar dos pacientes e acompanhantes.
Atende a pacientes, em sua maioria procedentes de hospitais gerais, com indicação de cuidados multidisciplinares complexos com intuito de reabilitação intensiva, redução da complexidade dos cuidados, capacitação de familiares e/ou controle de sintomas. Trata-se de uma proposta de cuidado integral das legítimas necessidades de pacientes e seus familiares, em suas dimensões física, psicológica, espiritual e social, realizada por uma equipe interdisciplinar altamente qualificada.
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