O jacaré-de-papo-amarelo é um dos animais que mais atraem a curiosidade de visitantes que passam pelo equipamento ambiental dos pernambucanos
Entre as tantas espécies que vivem livremente por toda a extensão do Parque Estadual Dois Irmãos, o jacaré-do-papo-amarelo, de nome científico Caiman latirostrispode, é um dos animais que mais chamam a atenção do equipamento ambiental.
O crocodiliano é um réptil comumente encontrado em regiões próximas às bacias dos rios Paraguai, Paraná, Uruguai e São Francisco, no sudeste da América do Sul, tendo ainda mais predominância do leste do Brasil até o Uruguai. Os ecossistemas prediletos desses animais são os costeiros – como os mangues – e costumam ainda habitar as margens de rios, brejos, riachos, lagos e lagoas. Ele chega a medir até três metros e possui cor-oliva na fase adulta, enquanto os filhotes são mais amarronzados, com costas listradas em preto e pontos escuros na cabeça e lateral da mandíbula.
De acordo com Marina Falcão, diretora do Parque Dois Irmãos, a dieta do jacaré-do-papo-amarelo é carnívora e variada. “São animais que se alimentam de molusco, mas também podem se alimentar de pequenos vertebrados, mamíferos, aves e répteis que estiverem ali, no nicho dele”, explica.
Vivendo em média até os 50 anos, o jacaré-do-papo-amarelo é ovíparo, isto é, se reproduz liberando ovos, resultando em 40 filhotes por período reprodutivo. “Eles são territorialistas, principalmente na época de acasalamento, que é quando esses animais põem ovos. A fêmea tende a ficar sem comer para fazer a proteção do ninho até os ovos serem eclodidos. Ela vai fazer todo aquele mapeamento daquela área e todo o acompanhamento do animal até os ovos serem eclodidos”, destaca Marina.
Ainda segundo ela, é comum observar o jacaré estático na água e nas margens dos corpos hídricos do Parque durante o dia, já que possui um hábito noturno. Isso acontece porque ele precisa realizar um processo chamado de termorregulação, que consiste no aquecimento da temperatura corporal para, no caso do jacaré-do-papo-amarelo, viabilizar a metabolização.
Diferente dos outros répteis e espécies de jacarés, ele não tem escamas propriamente ditas, mas possuem placas dérmicas que vão auxiliá-lo na proteção do organismo.
Toda semana, a Semas e o Parque Dois Irmãos estão trazendo a história de espécies de animais de vida livre que habitam o trecho de Mata Atlântica ao redor do parque.
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