Confraria do Vinil faz 10 anos e promove evento neste sábado (5), a partir das 13h, na Bodega Marquês
A proposta em 2012 era ambiciosa: realizar feiras de LPs e compactos a cada dois ou três meses, justamente quando o mercado da música passava por uma das maiores crises econômicas, com fechamento de lojas de discos e falência de gravadoras e selos.
Enquanto praticamente toda uma geração abandonava os CDs e tinha no bolso seu tocador de MP3 (iPods e similares), surgia a Confraria do Vinil de Pernambuco. Dez anos depois, o grupo formado por colecionadores, lojistas, pesquisadores, garimpeiros e DJs do Estado viu mudanças profundas no universo da bolachona: um público cada vez maior voltou a consumir discos físicos para saber informações técnicas ou experimentar uma escuta tátil. O vinil passou a figurar como produto de desejo (às vezes até fetiche) e o Recife ganhou ao menos oito lojas especializadas no formato.
Confraria do Vinil faz 10 anos e neste sábado (5), os confrades pernambucanos celebram essa década passada de muitas descobertas, barganhas, acúmulos e amizades fraternas com uma feira na Bodega Marquês, bar e empório gastronômico localizado no bairro do Espinheiro, no Recife. O encontro começa às 13h e é aberto ao público.
“As primeiras feiras ocorreram ainda na loja Passa Disco, em Casa Amarela, pois era um local que alguns dos confrades já conheciam. Na época, Fábio (proprietário da loja) deu grande força. Depois de algumas edições lá, começamos a circular com as feiras em outros centros comerciais. Chegamos a fazer feiras em quatro shoppings na Região Metropolitana, além de participar de encontros em Caruaru”, relembra Daniel Hazin, advogado e primeiro entusiasta da Confraria.
“Esse grupo é muito diverso mas acabou se unindo pela vontade de conhecer música e pela paixão pelos discos. A cada feira, encontro ou mesmo nas conversas acaloradas pelo Whatsapp, há sempre uma novidade ou redescoberta de algum artista ou grupo que precisa ser ouvido”, conta o também advogado e porta voz da Confraria Ivanildo Berardo.
Nas feiras da Confraria, é possível achar discos de preços populares (R$ 10 ou R$ 20) até raridade que chegam a quatro dígitos de real. Essa diversidade também se vê nos estilos: jazz, blues, rock, MPB, eletrônico, instrumental, reggae, coletâneas, entre outras vertentes musicais. Impossível não encontrar algo do seu agrado.
Da Assessoria
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