O Cipó Fogo surgiu pelo inconformismo com a escalada de casos de racismo no país, de violência de gênero, homofobia, transfobia, e do advento do fascismo tropical digital. Três amigos de longa data se reuniram para expressar sua indignação através de uma música brutal, diante da brutalidade de um mundo que parece girar para trás.
Musicalmente a banda tem influências diversas de artistas de gêneros como hardcore punk, thrash metal e crossover/thrash, grindcore, death metal, doom, stoner rock, entre outros, mas as referências de composição são das mais variadas, e que vão da ficção, seja literatura ou audiovisual, do noticiário, ou mesmo da ciência.
Em 2024, após cinco lançamentos, o guitarrista Aldo Jones se desligou do projeto, quando o Cipó Fogo passou a ser um duo formado por Marcelo Cabral (voz e letras) e André Corradi (instrumental). Marcelo Cabral é o cantor e compositor do projeto. Com uma carreira extensa em Alagoas, fez parte de bandas como MC+20 e Coisa Linda Sound System, para citar apenas alguns, mas foram vários. André é músico, compositor e produtor de São Paulo. Tocou baixo em bandas como O Surto, Oito, Trap, entre outros projetos, com shows ao vivo Brasil afora. Além disso, Corradi é luthier e construiu todos os instrumentos usados nas gravações do duo.
Com essa nova formação eles estão apresentando “Born Enslaved”, um EP de 5 faixas e sexto trabalho lançado pela Cipó Fogo e talvez o mais brutal, cru e direto. “apresenta uma mirada crítica ainda mais pesada sobre o mundo que vivemos hoje, e sua liberdade fictícia, destinada apenas aos que a podem comprar”, daí vem o nome do EP e uma das faixas, explica o vocalista Marcelo Cabral. “A nossa conclusão é que a humanidade falhou, miseravelmente, e ao fim e ao cabo, se seguimos como estamos, é melhor deixar esse mundo para outras espécies (Fail)”, complementa o vocalista.
As 5 faixas versam, em inglês, espanhol e português, sobre os tempos abstratos e absurdos no qual estamos vivendo. Para além do som, composto, gravado, mixado e masterizado pelo duo, o trabalho ficou ainda mais DIY (Do It Yourself) quando Marcelo resolveu fazer as artes dos sons e da capa do EP. Além disso, ele criou vídeos curtos para as redes com as letras, sozinho e com parceiros como Felipe vazquez, que já fez remixes de sons da banda e do diretor de cinema e editor Luiz Gomes. Sempre no intuito de passar a mensagem da melhor maneira possível.
“O EP pode soar pessimista com o contexto da realidade atual no Brasil e no mundo, mas pensamos que é importante reconhecer esse momento difícil, as derrotas e fracassos civilizatórios, de um certo luto a ser vivido, faz parte dos ciclos que também afetam a história e a política”, explica Marcelo.”Sem plot twist, esperança ou good vibes. Bateu no ventilador, e tá todo mundo embaixo. Quais serão nossos próximos passos?”, complementa.
O EP está disponível em todas as plataformas de streamings.
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