Por AD Luna
Com as festas juninas, a agenda de diversos artistas se amplia. É o caso de Alceu Valença, que deve fazer dez shows, até o fim de junho. Obviamente, isso é muito bom para os músicos que o acompanham. Caso do baterista pernambucano Cássio Cunha. Este ano, ele está completando 18 anos como integrante da banda de Alceu.
“O convite definitivo veio em 2000 para gravação do CD/DVD “Ao vivo em todos os sentidos”, mas já havia tocado e gravado com ele em algumas situações esporádicas”, conta Cassio. Além de shows no carnaval, ele cita a gravação de uma das faixas do CD “Maracatus, Batuques e Ladeiras”.
A preparação para a maratona de shows, não só do período junino, mas de qualquer época, envolve a prática da yoga. “Com isso, deixo a musculatura preparada para situações que me exijam mais fisicamente, fortalecendo e alongando o corpo, que é muito importante para evitar lesões, além de aprender a controlar melhor a respiração. Fundamental para a vida”, enfatiza.
No que se refere à prática “baterística”, em específico, Cassio Cunha é adepto do chamado Método Spivack, o qual diz praticar religiosamente. A estudo lhe foi passada pelo professor e amigo Christiaan Oyens.
“Mudou radicalmente minha forma de tocar! E, mais do que isso, criou uma consciência que me ajudou muito a melhorar minha técnica e sonoridade, sem ter que fazer esforços desnecessários. É um método simplesmente genial. Obrigado mais uma vez, Christiaan!”, celebra.
Para se renovar e se atualizar, Cássio diz escutar praticamente de tudo. “Sempre há boas ideias no ar. E, com essa facilidade do streaming, você consegue ouvir muito mais música, muito mais rápido”.
Com o passar do tempo, há músicos que abandonam os estudos do próprio instrumento e acabam, como isso, prejudicando o desempenho e a criatividade.
Há quem diga que isso aconteceu com Lars Ulrich, baterista da banda Metallica. Se bem que ele se “recuperou”, digamos assim, no disco mais recente do grupo norte-americano de thrash metal, “Hardwired… to Self-Destruct”, de 2016.
“Estudo frequentemente para me manter em forma no instrumento, e assim conseguir pôr em prática as idéias que aparecem no meio de uma música, por exemplo. Assim, vou colocando pequenos detalhes novos, fazendo alterações sutis até em músicas que toco há anos, e que às vezes ninguém percebe, só eu mesmo (risos)”.
Algumas dessas mudanças no modo de tocar, técnicas e estudos podem ser conferidas nos livros educacionais e nos vídeos que Cássio Cunha disponibiliza nas redes sociais e em seu canal no YouTube.
Exemplo disso é o vídeo nomeado como Um frevo “diferente”. Nele, em vez de tocar a levada tradicional do ritmo pernambucano, no tambor mais aguda da bateria (a caixa), Cássio se utiliza do chimbal – peça do instrumento com dois pratos unidos. Veja abaixo.
Como é tocar com Alceu Valença?
Ele é um artista absolutamente imprevisível, e nunca, nesses 18 anos que o acompanho, o show segue exatamente o roteiro. Alceu tem uma percepção muito aguçada da reação do público, e, dependendo da situação, muda a ordem das músicas, coloca uma que não estava na lista, muda a forma. Enfim, é um artista muito dinâmico e por isso mesmo temos que estar sempre atentos às suas “loucuras” (risos). Mas é muito divertido.
Como é montado o repertório para os shows do período junino?
Na verdade, Alceu por ter uma obra muito extensa, tem várias formações e repertórios distintos, desde o show com os sucessos mais midiáticos como “Morena Tropicana” e “Anunciação”, passando pelo show “Vivo, Revivo”, com releituras de músicas da década de 70, até o show de carnaval com os fantásticos metais de Recife.
E naturalmente nessa época de festas juninas, o show com músicas de São João, dando um destaque especial no repertório para algumas composições de Luiz Gonzaga, com o qual Alceu tem grande afinidade musical.
Quem completa a formação da banda atualmente?
O grupo é composto por André Julião (acordeon), Antônio “Tovinho” Mariano (teclados), Nando Barreto (baixo) e Paulo Rafael (guitarra). Estamos juntos há cinco anos e somos uma banda de fato, os músicos não são apenas acompanhantes.
Há um grande entrosamento, o que facilita muito a comunicação e a possibilidade de mudar rapidamente o que for preciso mesmo durante a apresentação. Isso faz com que os shows tenham sempre algo inusitado.
Cássio Cunha também é o baterista do Grande Encontro 20 anos, que reúne no mesmo palco Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo. Originalmente, Zé Ramalho também participava do projeto, mas não quis viajar com a amiga paraibana e os amigos pernambucanos, dessa vez.
Nas duas bandas, Cassio viaja com o equipamento completo, incluindo os microfones, pra garantir o máximo de consistência e regularidade sonora da bateria no show, e facilitar o trabalho dos roadies e engenheiros de som.
“Uso duas baterias nas viagens. Às vezes, ambas estão na estrada, uma com Alceu e outra com o Grande Encontro. Ambas são da marca Pearl, uma Session Studio Classic e uma Reference, com a mesma configuração: bumbo de 20″, tons de 10″, 12″ e surdo de 14″, que pode variar um pouco dependendo do show. São instrumentos muito robustos, de fácil afinação, ótima projeção e sonoridade, além de ter um excelente suporte técnico”, exalta.
Os pratos são da marca turca Diril. A concepção do prato de condução (ride) foi desenvolvida por Cassio Cunha e, por isso, ele leva a assinatura do músico.
“Foi lançado lançado ano passado. É um ‘mini’ ride de 19″ que uso praticamente em qualquer situação, é um pratinho surpreendente”, elogia.
As baquetas são da marca norte-americana Vic Firth, modelo 5B Barrel. “Outra parceria que tenho há bastante tempo é com a Delta Percussion, a melhor loja de bateria do Rio de Janeiro. Eles têm absolutamente tudo que você mais precisa. Ano passado, fechei uma parceria com a Urbann Boards, que faz os melhores tênis para tocar bateria que já usei, são excelentes”.
Site oficial – www.cassiocunha.com
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