Cascabulho homenageia Jackson do Pandeiro
“Eu negro na alma e na cor
Com a ginga do pandeiro batendo tambor
Alagoa é tão grande
Adeus Campina eu já me vou.”
Com este refrão a banda Cascabulho inicia a música “Na Alma e na Cor”, lançada em todas as plataformas digitais do grupo. Nesta canção, o Cascabulho presta uma homenagem ao multiartista brasileiro Jackson do Pandeiro, uma das principais referências musicais para a banda. “A nossa ideia foi trazer o mestre para falar da vida dele, pois tudo que existe sobre Jackson são as outras pessoas fazendo referência a sua genialidade. Em cada estrofe da música a história do multiartista é narrada” explica Magrão.
A composição de Magrão, Jorge Martins e Breno César Cunha traz vários elementos como: coco, forró e samba. “Jackson foi um artista à frente do seu tempo. Ele compôs frevo, samba, machinha de carnaval, colocou guitarra, violão de sete cordas e utilizou arranjos jazzísticos em suas músicas numa época onde não existia essa mistura sonora” explica o vocalista do Cascabulho.
Participaram da gravação: Magrão nos vocais, Léo Oroska na percussão, Rapha Groove no baixo, Breno César Cunha no acordeon e violão de 7 cordas, Jorge Martins na percussão e o auxílio luxuoso do cavaquinista Renan Santos.
Os lançamentos da banda não se resumem a apenas este single. O grupo já lançou três músicas que estão disponíveis em suas plataformas digitais e prometem animar o São João. No dia 24 de junho o Cascabulho lança o seu disco Fogo na Pele, com 10 faixas, o álbum é dedicado aos povos indígenas e quilombolas do Brasil e revisita os sons que deram origem ao grupo e toda a sua trajetória nesses 25 anos de carreira.
Fogo na Pele traz um leque de canções, onde estão explícitas várias referências da música nordestina. Do coco ao xote, do forró ao galope e passando pela riqueza da música instrumental brasileira. O álbum conta com as participações de Josildo Sá (em Noite de Forrobodó), Mestre Galo Preto (Em Tempo de Coco) e Cláudio Rabeca (em Pela Trilha Sagrada). Os lançamentos é resultado da parceria com a produtora Aurora Artística.
História
O grupo surgiu em 1995, em plena afirmação da cena musical pernambucana. Espelhando seu trabalho a partir da obra de Jackson do Pandeiro, criaram sua identidade baseada na fusão de elementos rurais, trazidos de seus descendentes, às características intrínsecas adquiridas na vida urbana.
Em 1997 foi a revelação do Abril Pro Rock, participou do Free Jazz Festival e viajou para a Europa e Canadá. Em 1998 lançaram o CD Fome Dá Dor de Cabeça e ganharam o Prêmio Sharp de Melhor Álbum Regional e Melhor Canção Regional, com a música Quando Sonhei que era Santo.
O segundo disco, É Caco de Vidro Puro foi lançado em 2002 e mantém a fusão de ritmos tradicionais e elementos pop. O álbum conta as participações de Tom Zé, Fred 04, Marcos Suzano e Nana Vasconcelos. Em 2008, o grupo lança Brincando de Coisa Séria, com as participações especiais: Zeca Baleiro, Júnior Tostoi e Carlos Malta. Em 2015, o grupo lançou seu quarto disco. Intitulado O Dia em que o Samba Perdeu para a Feijoada, o álbum conta com novos elementos à mistura de ritmos e referências musicais que formou a Cascabulho.
Cascabulho na Rede:
Instagram: @ocascabulho
Facebook: /bandacascabulho
Youtube: Cascabulho oficial
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