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“Cartas à minha orientadora”: livro de professor da UFPE explora as dimensões profundas da relação entre orientador e orientando
Ulysses Paulino de Albuquerque. Foto: Bruno Dias
Ao entrelaçar suas experiências pessoais com a visão inspiradora de Rubem Alves, Ulysses Paulino de Albuquerque cria um espaço onde técnica e emoção se equilibram, formando não apenas pesquisadores, mas também seres humanos
“A orientação é um encontro entre pessoas, cada uma trazendo suas dores, expectativas e histórias pregressas. É um relacionamento permeado por emoções e marcas de experiências anteriores”. No livro “Cartas à minha orientadora”, Ulysses Paulino de Albuquerque convida o leitor a refletir sobre os aspectos sensíveis e profundos que envolvem a relação entre orientador e orientando no meio acadêmico. A obra está disponível gratuitamente na plataforma https://canal6.com.br/livreacesso/ .
Diferentemente da objetividade e frieza do texto científico, em “Cartas à minha orientadora”, o autor, que é professor-doutor do Centro de Biociências da UFPE, adota um envolvente formato epistolar, profundamente introspectivo e pessoal. A narrativa transforma o processo de orientação acadêmica em um espaço de diálogo e aprendizado mútuo.
Segundo Albuquerque, ao escrever essas cartas, ele decidiu focar no maravilhoso das experiências de orientação, não ignorando os conflitos e inquietações. A intenção central foi mostrar que o ato de orientar é transformador para ambos: tanto para o orientador quanto para o orientado.
“É um processo repleto de tensões, dúvidas e, por vezes, mágoas, mas também um ato de generosidade e fé – fé no outro, no processo e na certeza de que, mesmo diante das dificuldades, estamos construindo algo maior do que nós mesmos”, expõe.
Para conceber “Cartas à minha orientadora”, Albuquerque inspirou-se em reflexões e na sensibilidade poética do professor e educador Rubem Alves – ampliando a discussão sobre o papel do orientador. O pensamento de Alves permeia a narrativa, oferecendo ao leitor um horizonte de possibilidades pedagógicas marcadas pela empatia e pela criatividade.
O livro convida o leitor a perceber a orientação como um universo de interações humanas, marcado por contradições, desafios e, sobretudo, oportunidades de transformação. Ao entrelaçar suas experiências pessoais com a visão inspiradora de Rubem Alves, Albuquerque cria um espaço onde técnica e emoção se equilibram, formando não apenas pesquisadores, mas também seres humanos.
“Orientar não é apenas um ato técnico; é um ato de generosidade, fé e, acima de tudo, de humanidade. E isso, eu aprendi com você. Não sei se, em algum momento, consegui expressar o quanto sou grato por tudo o que fez, não apenas no campo acadêmico, mas também no pessoal. Hoje, ao olhar para trás, percebo que meu modo de ser orientador, cientista e pessoa está profundamente enraizado no que aprendi com você”
Ulysses Paulino de Albuquerque, em a “Carta Final: Um Manual Não Escrito”
SERVIÇO
“Cartas à minha orientadora” faz parte de um lançamento de três livros, escritos por Ulysses Paulino de Albuquerque e disponibilizados on-line.
Outros títulos
“Querem nos enganar! Uma introdução à pseudociência” faz parte de uma série que começou com o livro Errados são os outros!: ceticismo, pseudoceticismo e ciência lançados, gratuitamente, por Ulysses Paulino Albuquerque, e que são resultado de reflexões e desafios enfrentados por ele ao longo de 2024.
“Filosofias de um eu revisitado” explora as influências que moldam a essência humana, incentivando o autoconhecimento e a transformação pessoal.
Acesso gratuito: https://canal6.com.br/livreacesso/
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Como funciona a ciência? Com o professor Ulysses Albuquerque (UFPE); ouça
