Bia Villa-Chan participa do InterD – Mulheres Instrumentistas do Recife

 Bia Villa-Chan participa do InterD – Mulheres Instrumentistas do Recife

Bia Villa-Chan. Foto: Verner Brenan

 

Bia Villa-Chan participa do programa InterD – música e conhecimento, apresentado pelo músico e jornalista AD Luna

 

O InterD – música e conhecimento recebe, nesta quarta (26), às 20h, na Universitária FM do Recife, a multi-instrumentista, cantora, compositora, dentista, mestra em engenharia biomédica na área de física nuclear Bia Villa-Chan.

Nesta primeira parte da conversa com o músico e jornalista AD Luna, Bia falou sobre os primeiros passos na música, frevo, carnaval, vacina, ciência, guitarra, Jimi Hendrix, entre outros temas.

A entrevista com Bia Villa-Chan faz parte da série especial InterD – mulheres instrumentistas do Recife, que que foi viabilizada por meio do edital Bráulio de Castro, da Lei Aldir Blanc, realizado pela secretaria de Cultura do Recife.

O conteúdo da conversa também está disponível em um player aqui no site e nas principais plataformas de streaming.

Edição e áudio: Pedro Santos / Estúdio Bacamarte

Bia Villa-Chan participa do InterD. Ouça

Mais sobre Bia Villa-Chan

Bia Villa-Chan foi iniciada na música, aos 6 anos, pelo avô Heitor Villa-Chan, um dos criadores do bloco Pirilampos de Tejipió (citado na clássica canção Valores do passado, de Edgar Morais).

Depois do empurrão inicial e essencial, ela passou a dominar com naturalidade instrumentos como a guitarra, o contrabaixo, a bateria, o clarinete, o sax e o piano. Mas a carreira seguiu outro rumo: Bia enveredou pelo campo da saúde e estudou odontologia.

Fez bacharelado pela UFPE, tornou-se mestre em engenharia biomédica na área de física nuclear, entrou no doutorado em ciências biológicas no campo da genética vegetal até topar com as artimanhas da vida: descobriu um câncer na tireoide, em 2017, e, após enfrentar a doença, decidiu se reencontrar de forma definitiva e exclusiva com a música.

A curta, mas vigorosa, trajetória de pouco mais de três anos como artista profissional já amealhou o prêmio de Melhor Cantora de MPB, na 10ª edição do Prêmio da Música de Pernambuco, o Troféu Gonzagão, considerado o “Oscar da música nordestina”, e legou ao público os EPs Pedacinho de Mim e GiraSons.

O disco, recheado de composições assinadas por medalhões da música nacional, como Sivuca, e de trabalhos em conjunto com colegas da dimensão do próprio Alceu Valença e do guitarrista baiano Armandinho Macêdo, acomoda com harmonia clássicos regionais, músicas carnavalescas e sincretismo religioso.

Em 2020, pouco depois de lançar o segundo EP, GiraSons, ela divulgou o clipe da faixa Rumo do céu e do mar e uma versão para o clássico Lágrimas de folião, de Levino Ferreira. Durante o carnaval, tocou no Recifeblico e da imprensa no decorrer da maratona que envolveu o Recife, Olinda, Salvador e São Paulo. A programação contemplou o Galo da Madrugada – na capital Pernambucana e em São Paulo -, além do trajeto Barra-Ondina, ao lado de Armandinho Macêdo, filho de Osmar Macêdo, um dos inventores do trio elétrico, show no Palco Fortim e ainda no Polo Brasília Teimosa.

DISCOS

Em 2018, a artista deu um dos mais importantes passos em sua carreira, quando gravou seu primeiro EP, intitulado Pedacinho de Mim. O trabalho apresentou seis faixas, sendo elas: a homônima Pedacinho de Mim, A Viagem, Amálgama, Bossa Pra Bia, Perdida; e Recife Nagô. A obra teve direção musical de Cesar Michiles e composições de Jota Michiles, Daniel Bruno, Marco Mirti e Antônio Siqueira Campos.

O segundo EP, GiraSons, contém sete faixas, entre inéditas e lançadas ao longo de 2019, com duas composições bônus: Recife Nagô (de Jota Michiles) e Amálgama (de Marco Mirti).

O disco debuta com a música Pirata José, regravada por Bia Villa-Chan em parceria com o autor, Alceu Valença, e cujo clipe desembarcou na internet às vésperas da Folia de Momo. O single aborda o amor fugaz de carnaval, tema também retratado em Morena Jambê (de Don Tronxo, Edinho Queiroz e Marcondes Sávio).

A veia romântica, com a sonoridade situada entre o bandolim pernambucano e a guitarra baiana, repousa ainda em Vida Boa (de Armandinho Macêdo e Fausto Nilo), elo de uma parceria da cantora com o músico soteropolitano celebrada com show no Teatro Isba no mês passado e na participação dele em Morena Jambê.

O disco resgata a tradicional Feira de Mangaio (de Sivuca e Glorinha Gadêlha), em performance impactante de Bia Villa-Chan no manuseio do bandolim, também percebida na instrumental Duda no Frevo (de Senô). O álbum oferece, ainda, a delicadeza da idílica Aldeia (de Nosly Marinho e Celso Borges), composição com incursão afetivo-histórica pela herança portuguesa.

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