Neste vídeo, o divulgador científico responde a uma pergunta recorrente: “Afinal, o ser humano veio do macaco?” Essa é uma questão comum entre professores de biologia e pessoas interessadas em estudar evolução. Abaixo separamos alguns pontos abordados no conteúdo.
A Pergunta e a Confusão Comum:
A pergunta “o ser humano veio do macaco?” é, na verdade, uma ideia errônea. A confusão reside na interpretação leiga do conceito de ancestralidade comum. A afirmação não é tão simples como parece.
A Complexidade do Termo “Macaco”:
O termo “macaco” é extremamente genérico. O que é considerado um macaco varia de pessoa para pessoa. Para alguns, é um sagui; para outros, um chimpanzé. A enorme diversidade de primatas torna a pergunta ambígua. A pergunta correta seria: “De qual macaco o ser humano descende?”.
A Importância das Definições Taxonômicas:
Para entender a evolução, precisamos de definições precisas. Em zoologia e botânica, a classificação taxonômica é fundamental. Definir um grupo biológico requer o conhecimento de suas características distintivas. No caso das aves, a distinção é clara, mas em grupos com mais intermediários, como os primatas, as definições exigem mais precisão.
A Importância da Descrição:
A capacidade de descrever com precisão o que se observa é crucial, não apenas na ciência, mas também na comunicação em geral. A falta dessa capacidade gera ruído na comunicação, dificultando a compreensão.
A Origem dos Primatas:
Os primatas descendem de um grupo de mamíferos ancestrais com aparência semelhante à de musaranhos. Este grupo, chamado Euarchontoglires, inclui roedores, lagomorfos e os primatas.
Euarchontoglires: Roedores, Lagomorfos e Primatas:
Os Euarchontoglires compreendem dois grandes grupos: Glires (roedores e lagomorfos) e Euarchonta. Os Euarchonta incluem os primatas, os colugos e os musaranhos arborícolas.
Os Colugos (Lêmures Voadores):
Os colugos, ou lêmures voadores, são mamíferos planadores do Sudeste Asiático, com características morfológicas intermediárias entre os primatas e outros euarcontas.
Plesiadapiformes: Fósseis Intermediários:
Os plesiadapiformes, um grupo de fósseis do Eoceno, representam formas intermediárias na linhagem dos primatas, exibindo características mistas de musaranhos arborícolas e primatas.
Definições Filogenéticas e Anatômicas:
Existem duas abordagens para definir grupos biológicos: a filogenética, baseada na ancestralidade comum, e a anatômica, baseada em sinapomorfias (características compartilhadas derivadas).
Características Anatômicas dos Primatas:
As sinapomorfias que definem os primatas incluem: aumento do tamanho do cérebro, olhos encaixados em órbitas ósseas fechadas, dentição específica, bull timpânica peculiar, grande articulação nos membros, flexibilidade da coluna vertebral, polegar opositor, almofadas digitais com impressões digitais e apenas duas glândulas mamárias.
Definição Filogenética dos Primatas:
A definição filogenética dos primatas é baseada no ancestral comum mais recente entre um lêmure e um ser humano, e todos os seus descendentes.
A Biodiversidade dos Primatas:
Existem cerca de 478 espécies de primatas vivos, divididas em dois grandes grupos: Strepsirrhini e Haplorhini.
Strepsirrhini: Primatas de “Nariz Molhado”:
Os Strepsirrhini, ou primatas de “nariz molhado”, incluem os lêmures e os loris. Sua mucosa nasal é externa, dando-lhes uma aparência peculiar.
Haplorhini: Primatas de “Nariz Seco”:
Os Haplorhini, ou primatas de “nariz seco”, incluem os társios, os platirrinos (macacos do Novo Mundo) e os catarrinos (macacos do Velho Mundo).
Platirrinos: Macacos do Novo Mundo:
Os platirrinos, ou macacos do Novo Mundo, são encontrados nas Américas e caracterizam-se pelo uso da cauda preênsil na locomoção.
Catarrinos: Macacos do Velho Mundo:
Os catarrinos, ou macacos do Velho Mundo, são encontrados na África e na Ásia e não utilizam a cauda na locomoção.
Hominoides: Macacos Sem Cauda:
Os hominoides, ou macacos sem cauda, incluem os gibões e os hominídeos.
Hominídeos: Orangotangos, Gorilas, Chimpanzés, Bonobos e Humanos:
Os hominídeos incluem os orangotangos, gorilas, chimpanzés, bonobos e humanos. O gênero Homo representa a nossa espécie.
O Ancestral Comum:
A afirmação “o ser humano veio do macaco” é uma simplificação. Temos um ancestral comum com os macacos, mas não descendemos diretamente de nenhum macaco atual. O ancestral comum era provavelmente diferente de qualquer macaco atual.
Sahelanthropus: Um Possível Ancestral Comum:
O Sahelanthropus tchadensis é um possível fóssil próximo ao ancestral comum entre humanos e chimpanzés. Este ancestral não se parecia com um macaco atual.
Conclusão:
Não viemos de macacos atuais, mas compartilhamos um ancestral comum com eles. Este ancestral era provavelmente um primata que não se assemelha a nenhuma espécie atual. A compreensão da evolução requer precisão na linguagem e no uso de conceitos científicos.
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