Alunos sentados em uma sala de aula aprendendo o conteúdo em um só ritmo para todos. Essa é a imagem que se tem do ensino tradicional, mas há quem incentive a aplicação de outras metodologias ‒ entre elas, a educação personalizada alinhada à inclusão digital.
Nesse conceito, busca-se transformar a experiência educacional, ajustando o ritmo e o estilo de aprendizagem de cada aluno, a fim de melhorar o desempenho acadêmico e promover um ensino mais eficiente e envolvente. Quem explica é Bernard Caffé, CEO da empresa de educação e tecnologia Jovens Gênios.
“A personalização na educação não é uma ideia nova, mas as ferramentas tecnológicas atuais têm permitido avanços significativos nesse campo. O uso de plataformas digitais, inteligência artificial e análise de dados são alguns dos recursos que possibilitam um ensino mais adaptativo e focado nas necessidades específicas de cada estudante”, afirma Caffé.
O especialista cita aplicativos de inteligência artificial que oferecem tutoria e feedback personalizados. Segundo ele, destacam-se também os softwares de gerenciamento de aprendizagem (LMS, na sigla em inglês), que facilitam a organização de currículos individualizados, separando as áreas e conteúdos por estudante.
“Essas ferramentas permitem um ensino mais centrado no aluno, compreendendo também que ele é detentor de saberes, atendendo melhor às suas habilidades e contribuindo para o processo de ensino-aprendizagem”, esclarece.
Para ilustrar o conceito, Caffé menciona o exemplo da plataforma desenvolvida pelo Jovens Gênios, que utiliza algoritmos avançados para analisar o desempenho dos alunos em tempo real. A partir daí, as atividades e conteúdos são ajustados de acordo com o ritmo de aprendizagem de cada um.
“Isso é especificamente relevante em contextos de diversidade cultural, social e econômica, onde a padronização pode falhar em atender às necessidades específicas de diferentes grupos”, explica Caffé.
“Além disso, ao adaptar o ensino às necessidades individuais, as escolas podem melhorar significativamente os resultados de aprendizagem, promover maior engajamento dos estudantes e reduzir as taxas de evasão escolar, contribuindo assim para um sistema educacional mais eficaz”, complementa o especialista.
Ele, no entanto, reconhece que a inclusão digital ‒ que impulsiona esse modelo de educação personalizada ‒ ainda é um desafio para o Brasil. No país, 62% das escolas públicas utilizam a internet para atividades de ensino e somente 29% têm equipamentos para os alunos.
Além disso, apenas 11% das escolas possuem velocidade de conexão considerada adequada, revela a pesquisa Panorama da Qualidade da Internet nas Escolas Públicas Brasileiras, divulgada pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR.
O especialista ressalta que uma transição bem-sucedida para o modelo de educação personalizada demanda investimentos e uma mudança de paradigma no ensino.
“Apesar dos obstáculos, a educação personalizada representa uma evolução significativa no campo educacional, proporcionando uma abordagem mais centrada no aluno e potencialmente mais eficaz”, considera Caffé.
Para saber mais, basta acessar: https://www.jovensgenios.com/
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