Um brasileiro acaba de conquistar um troféu da prestigiosa Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos Estados Unidos. Em junho, o paulistano Will Mazzola foi eleito “Melhor Diretor” no UCLAxFilm Festival, festival anual que celebra as obras criativas dos estudantes e ex-alunos do UCLA Extension Entertainment Studies, realizado no histórico Los Angeles Theatre.
Com o curta-metragem “Andean Cordor”, filmado na Argentina, Mazzola mergulha na jornada de Maril, uma jovem desiludida que viaja para Ushuaia, conhecida como “A Cidade do Fim do Mundo”. “Lá, ela descobre que o fim e o começo são relativos. Ushuaia poderia ser o início ou o final de um ciclo para ela, dependendo do ponto de vista”, disse o diretor.
Com vasto histórico em premiações audiovisuais, Mazzola conta que o curta, lançado em 2019, perdeu a chance de participar de festivais internacionais por causa da pandemia e, mais tarde, por conta da greve que parou a indústria do cinema em Hollywood. “Como um condor-dos-andes – ave considerada imortal na mitologia inca, que dá nome ao filme – o projeto renasceu e acabou sendo agraciado pelo júri norte-americano em 2024”, celebrou o diretor.
Em julho, o brasileiro entra em outra competição nos EUA, dessa vez com o curta-metragem “Johnny Malibu”, que concorre no festival LA Shorts International Film Festival, em Los Angeles. O projeto tem produção de Bia Gallo e Maju Cancella, da Muse.
Will Mazzola representa uma pequena fração de latino-americanos ganhando espaço no mercado audiovisual nos Estados Unidos. Apesar de ser o maior grupo minoritário no país, representando 19% da população, os latinos aparecem sub-representados tanto na mídia quanto nas produções de filmes e televisão.
De acordo com um estudo da Annenberg Inclusion Initiative da Universidade da Califórnia, os dados não melhoraram nos últimos 16 anos. Em quase duas décadas, apenas 75 atores em papéis principais ou co-principais eram latinos, o que significa que a representação de atores de origem latina em Hollywood é de apenas 4,4%.
A falta de representação é ainda maior em posições como diretor, produtor e roteirista. Nessas árease, os latinos compõem apenas 1% nas produções de TV aberta e 5% nas plataformas de streaming, segundo dados da McKinsey.
“Pouco a pouco, o cinema latino-americano ganha espaço nos Estados Unidos por sua riqueza cultural e narrativa única, revelando histórias profundas e diversificadas. Com cineastas talentosos e produções que ressoam mundialmente, contribuímos com a diversidade cinematográfica e enriquecemos o panorama cultural americano”, afirmou Mazzola.
Trajetória Profissional
Bacharel em Marketing e Comunicação pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, em São Paulo, Will Mazzola acaba de se formar em Cinematografia pelo programa de extensão da UCLA. Além de cinema, Mazzola dirige filmes publicitários no Brasil para empresas como Jeep, Itaú e Ford, incluindo peças premiadas no festival francês Cannes Lions. Entre os trabalhos contemplados está uma peça para o Hospital Amaral Carvalho, com seis indicações e um Leão de Ouro para “Elo Teddy Bear”, campanha de conscientização do câncer infantil.
Em 2022, Mazzola ganhou o prêmio de “Melhor Diretor” no “Festival Lusófonos de Criatividade”, em Portugal, pela peça publicitária “A Notificação Impossível de Ignorar”, da Duolingo.
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