O Brasil celebrou o Dia da Pizza no último dia 10 de julho. Todos os dias, são produzidas cerca de 3,8 milhões de unidades do alimento, em mais de 90 mil pizzarias em operação em todo o país, de acordo com um levantamento realizado pela Apubra (Associação de Pizzarias Unidas do Brasil).
Segundo a entidade, o Brasil é o segundo maior consumidor de pizza do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. No país, São Paulo (20.087), Rio de Janeiro (7.407), Minas Gerais (6.399), Bahia (4.620) e Paraná (4.248) são os cinco Estados com o maior número de pizzarias.
John Gusmão, chef do IGA Niterói, formado pela Alain Ducasse Education, conta que, diferentemente do que muitos pensam, a massa não foi inventada pelos italianos (ela surgiu com os egípcios, que desenvolveram uma massa bem fina e de forma circular). Apesar disso, foi na Itália onde surgiu a pizza como é conhecida hoje – e que foi evoluindo e se modificando de acordo com a cultura de cada país.
“No Rio de Janeiro, o que chama atenção são os sabores, cada vez mais criativos e fartos, podendo alimentar uma família inteira”, afirma. “Por isso, a massa costuma levar em sua composição ingredientes como óleos, leite, ovo e açúcar, tornando-a mais estruturada e levemente grossa, para aguentar o peso”, explica.
Segundo John, outro estilo de massa que está ganhando destaque no Rio é a napolitana, que utiliza ingredientes básicos como farinha, água, fermento e sal, gerando uma pizza de bordas largas e centro fino e crocante. “Nesse tipo, os sabores são mais sutis, destacando a qualidade dos ingredientes, os quais são, no máximo, três, e seu tamanho não passa de 30cm, quase individuais”.
Tipos de massa e técnicas de pizza variam
“A pizza, além de ser a ‘queridinha’ dos finais de semana, é também versátil, podendo ser produzida utilizando masseiras ou batedeiras, garantindo a alta produção e padronização das massas – método usado por pizzarias de médio a grande porte”, afirma o chef do IGA Niterói.
Além disso, ainda segundo John, as pizzas também podem ser feitas em casa usando a “boa e velha” técnica da sova à mão, em que cada massa terá sua personalidade.
“No IGA temos um módulo de panificação completo, onde ensinamos técnicas e vários tipos de massas, além de abordar a melhor forma de assar e armazenar e, também, a precificar o produto, podendo gerar uma renda a mais”, afirma.
Para Chef John, como menção honrosa vale destacar outros tipos de massa, como a New York Style e Siciliana, as quais são grossas e fartas. e a massa de aipim, tradicional nas regiões serranas do Rio, tendo como destaque Nova Friburgo e Lumiar. “Mas, para mim, nada supera a original, a napolitana feita a lenha”, considera.
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