A visão é um dos cinco sentidos do ser humano e é responsável por captar informações visuais e transmiti-las ao cérebro. Para a proteção e manutenção dos olhos, as pálpebras atuam ajudando a lubrificá-los, protegê-los de objetos estranhos e regulando a quantidade de luz que entra nas vistas. Além disso, elas têm função de fechar os olhos durante o sono, permitindo que eles descansem e se recuperem. Mas alguns problemas podem afetar a região, como é o caso do blefaroespasmo.
De acordo com o Jornal da USP (Universidade de São Paulo), o blefaroespasmo é um transtorno de causa neurológica, que costuma surgir após os 40 anos e afeta de uma a duas pessoas a cada 100 mil, principalmente as mulheres. A contração involuntária das pálpebras pode deixar a vista mais irritada, ressecada e a produção lacrimal pode ser prejudicada.
O blefaroespasmo caracteriza-se pelo fechamento das pálpebras, de forma involuntária, explica o Dr. Fausto Viterbo, professor titular da Faculdade de Medicina da UNESP (Universidade Estadual Paulista). “O paciente não consegue ficar com os olhos abertos e ocorre o fechamento muito frequente”, explica.
Segundo o artigo “Blefaroespasmo essencial: revisão da literatura”, até a metade do século XX, poucos avanços haviam sido feitos para a compreensão e o tratamento do blefaroespasmo e das distonias associadas – dessa maneira, a maioria dos pacientes ainda era considerada “mentalmente instável”. Na maioria dos estudos realizados, há predominância do sexo feminino nessa doença, e a proporção de casos femininos e masculinos varia entre dois e três por um.
Em casos graves, o paciente fica incapacitado de caminhar e de dirigir, além de muitas outras atividades que também são prejudicadas. De acordo com o Dr. Fausto Viterbo, não se sabe o motivo pelo qual o distúrbio ocorre, mas sabe-se que ocorre a nível cerebral. Ele ressalta, ainda, que não existe relação comprovada entre o surgimento do blefaroespasmo com fadiga ou estresse.
Diferente do espasmo hemifacial, no blefaroespasmo, o movimento é restrito às pálpebras, sempre bilateralmente. O Dr. Viterbo explica que no espasmo hemifacial ocorre o movimento em todos os músculos inervados pelo nervo facial, ou seja, nos músculos da testa, da pálpebra, da boca e do pescoço. “A frequência destas contrações torna a qualidade de vida destes pacientes muito ruim”, diz o professor titular da UNESP.
O tratamento contra o blefaroespasmo
O Dr. Fausto Viterbo explica que não tem como evitar a doença e o tratamento em casos leves é realizado com injeção de toxina botulínica nos músculos acometidos. Já nos casos mais graves, se dá a retirada de parte dos músculos afetados. “Esse procedimento é conhecido como miectomia, e assim, no blefaroespasmo, é retirado parte do músculo orbicular dos olhos”.
Com os avanços da tecnologia, novas técnicas surgiram para tratar inúmeras doenças, entre elas, o blefaroespasmo. O Dr. Viterbo revela que recentemente, foi introduzido um novo tratamento, que consiste na colocação de pontos compressivos nos ramos do nervo facial, inervando o músculo orbicular dos olhos.
A cirurgia é realizada sob anestesia geral ou local com sedação. A vantagem deste método é ser “ajustável”, diz o professor. “Se a doença evoluir, novos pontos poderão ser colocados. Da mesma forma, se a doença regredir, alguns pontos podem ser retirados”, completa.
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