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A diversidade racial e étnica no rock pesado – Parte 2
Uma amostra (pequena) da diversidade racial em bandas do mundo do hard rock, hardcore, punk rock e metal
Por AD Luna
Vamos agora para segunda e última parte desta série (acesse a primeira parte). Dando continuidade à lista de bandas da música pesada e/ou integrantes destas que fogem do estereótipo “só branco europeu”, temos aqui o Rage Against the Machine. O guitarrista, Tom Morello, é filho de mãe europeia e pai negro: o senhor Ngethe Njoroge é natural do Quênia.
Morello também integrou o Audioslave e faz parte do Prophets of Rage – que reúne ex-membros do RATM e rappers do Public Enemy (DJ Lord e Chuck D), Cypress Hill (B-Real).
LEIA A PARTE 1
O vocalista Zacharias Manuel de la Rocha, o Zack de la Rocha, é filho de Olivia Lorryne Carter, de origem europeia, e Robert “Beto” de la Rocha. O avô por parte de pai do cantor, Isaac de la Rocha Beltrán, lutou na Revolução Mexicana.
BODY COUNT E SLAYER
O grupo de Los Angeles foi criado em 1990 pelo guitarrista Ernie C e pelo rapper e ator Ice-T (que trabalha no seriado Law and Order – special victms unit).
O Body Count tem influências do hardcore, metal e rap. No álbum Bloodlust (2017), a banda regravou Raining blood e Postmortem, do Slayer.
Por falar neles, a formação clássica do Slayer já contou com o cubano Dave Lombardo na bateria. O chileno, nascido em Viña del Mar, Tomás Enrique Araya Díaz, ou Tom Araya, atuou a banda cantando e tocando baixo, até o encerramento da carreira do quarteto, em 2019.
Dead Kennedys
A lendária punk californiana conta com o baterista negro D. H. Peligro (“perigo”, em espanhol). Ele já entrou e saiu algumas vezes do DH, mas segue no posto até os dias atuais. O músico também tem seu trabalho solo e tocou com o Red Hot Chilli Peppers, Jungle Studs, Nailbomb, The Feederz, entre outros.
Abaixo, apresentação do DH no festival Abril pro Rock, em Olinda. Mais ou menos no minuto 32:20, um fã sobe no palco e abraça Peligro. Ele foi convidado a largar o batera de uma maneira incrivelmente gentil por alguém da produção.
Straight Line Stitch
Mulher negra no metal? Também tem. A vocalista Alexis Brown é a vocalista da banda americana Straight Line Stitch. Além de sons pesados, ela é fã de Drake, Bee Gees, Barbara Streisand e outros artistas semelhantes.
Guns n’ Roses
O baterista Frank Ferrer entrou no GNR em julho de 2006. Ele é filho de cubanos e seu pai era um percussionista de música latina.
Quando tinha 11 anos, Ferrer assistiu a um concerto do Kiss e acabou se apaixonando pelo rock.
O guitarrista Slash nasceu em Londres e é filho do artista visual Anthony Hudson, branco, e da figurista Ola J. Hudson, negra, que chegou a trabalhar com David Bowie. Ola morreu em 2009, vítima de um câncer.
Entrevista com Frank Ferrer, em inglês
VAN HALEN
Esses olhos puxados dos irmãos Van Halen são herança da mãe deles, a senhora Eugenia, que nasceu na Indonésia, em 1914 e morreu, em 2005, na California.
INDICAÇÃO DE LEITURA E COMPRA
De Black Sabbath a Slipknot, “Barulho Infernal” conta a história do heavy metal a partir do relato dos artistas que definiram os rumos do movimento. Com base em 400 entrevistas, feitas nos últimos 25 anos, os jornalistas Jon Wiederhorn e Katherine Turman revelam histórias inéditas, admissões de culpa e a verdade por trás de alguns momentos mais selvagens do metal.
Entre elas: trechos que tratam do acidente que mudou a história do Black Sabbath, as experiências que fizeram Dave Mustaine ser expulso do Metallica e os rituais de sangue praticados por bandas como Morbid Angel e Deicide.
“Barulho Infernal” tem comentários de ícones do metal, desde a sua concepção nos idos anos 1960 até os dias de hoje, incluindo Ozzy Osbourne, Bruce Dickinson, Eddie Van Halen, Tommy Lee, Lars Ulrich, James Hetfield, Kerry King, Vince Neil, Axl Rose, Jonathan Davis, Corey Taylor, Pete Steele, Dave Grohl, Trent Reznor, Marilyn Manson, Rob Zombie, Dimebag Darrel e dezenas de outros.