Festival ‘Paredão Ocupa o Museu’ estreia no CCBB RJ com aparelhagem do Pará, radiola de reggae do Maranhão, paredão de funk carioca e sons automotivos

O festival celebra a cultura dos “paredões”, grandes estruturas sonoras que impulsionam a música nacional, apresentando diversos estilos originários das periferias e interiores do país. Os paredões, compostos por caixas de som de variados formatos, têm revolucionado a música e envolvem cadeias de produção que empregam centenas de pessoas. Estes movimentos, desenvolvidos ao longo de anos por artistas periféricos, refletem a diversidade sonora do Brasil, abrangendo gêneros como funk, rap, piseiro, tecnobrega e reggae.

A curadoria é realizada por Tassia Seabra, afroempreendedora e CEO da Seabra Produção, dedicada à profissionalização de artistas independentes e periféricos; Ademar Danilo, idealizador e diretor do Museu do Reggae do Maranhão, um dos maiores conhecedores do reggae jamaicano e maranhense; e Francisco Sidou, produtor cultural, artista visual, VJ e DJ de Belém do Pará, conhecido por misturar paisagens visuais e sonoras amazônicas com experimentalismo eletrônico.

O lineup do ‘Festival Paredão Ocupa o Museu’ inclui DJs, bandas, MCs e dançarinos, representando pelo menos quatro estados brasileiros. Haverá também projeções de vídeo com VJs convidados, atuantes nas cenas locais de cada paredão. O evento contará ainda com uma feira de alimentação com comidas típicas e um ciclo de debates sobre a cultura dos paredões e suas influências, com participação dos curadores e artistas de cada gênero musical, que ocorrerá nos mesmos dias, com entrada gratuita e classificação livre.

A expectativa é que o evento proporcione ao público uma imersão completa na atmosfera das festas de paredão, com dois palcos e ambientes cenográficos, favorecendo o intercâmbio cultural e atraindo tanto o público acostumado à cultura dos paredões quanto os frequentadores do Centro Cultural.

“O festival nasce da vontade de fazer circular pelo Brasil artistas que produzem festas muito importantes nas suas localidades, mas invisibilizados em outros centros. Artistas do nordeste, norte, advindos de periferia e dos interiores do país. Nos propomos a fazer a conexão entre festas que possuem muitas similaridades entre si, mas distantes geograficamente”, comenta Jasmine Giovannini, diretora artística musical da iniciativa.

A programação completa será divulgada a partir de agosto, no site e nas redes sociais do CCBB RJ.