Região amazônica oferece atrações de ecoturismo

 Região amazônica oferece atrações de ecoturismo

Com atrativos históricos, culturais e, claro, naturais, a região amazônica apresenta grande potencial turístico, como aponta o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (IDESAM). E com o crescimento da tendência do ecoturismo – dados do TurisData indicam que a prática cresce 30% no Brasil ao ano, enquanto a média internacional é de 8% -, a Amazônia volta a ocupar a lista daqueles que buscam experiências em meio à natureza. E o Hurb indica os programas para quem vai visitar a região.

No trecho brasileiro, a floresta se estende pelos estados do Amazonas, Amapá, Acre, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Uma experiência ecológica de imersão em meio à fauna e à flora pode ser vivida no município de Iranduba (AM), a cerca de 23 km da capital Manaus, às margens do rio Paraná Ariaú.

“O ecoturismo vem se consolidando enquanto tendência e, ainda que o Brasil tenha vários ecossistemas que possibilitem experiências diferentes, a Amazônia tem um valor especial”, afirma o head de Hospitalidade no Brasil, Felippe Xavier. “Só essa floresta reúne botos-cor-de-rosa, comunidades indígenas, macacos-de-cheiro e, claro, o encontro das águas dos rios Negro e Solimões – possibilitando que o turista entre em contato com todos. É uma oportunidade singular para quem gosta de viajar para viver novas experiências, que proporcionará também o conhecimento sobre a cultura e história amazonenses, tão importantes para o Brasil”, completa.

Para aqueles que esperam interagir com as espécies da fauna regional, assistir ao nascer do sol observando o voo dos coloridos pássaros amazônicos, passeio de canoa durante o dia pelas ruínas de um antigo hotel para encontrar os macacos-de-cheiro e, durante a noite, focagem de jacarés, momento no qual os profissionais capturam filhotes do réptil para, então, devolvê-los ao rio. Outra atração regional é o boto-cor-de-rosa, com o qual é possível tirar fotos. Navegando pelos igapós – vegetação tipicamente inundada -, acontece a pesca de piranhas carnívoras.

Já para os mais interessados nas plantas locais, o encontro com a Sumaúma pode ser um diferencial. Afinal, a árvore que chega a 50 metros de altura e 2 metros de diâmetro é conhecida como a mãe das demais, vivendo por até 800 anos. São realizadas trilhas pela mata selvagem com momentos educativos sobre sobrevivência, com explicações sobre vegetais comestíveis, medicinais e com outras finalidades. Na Casa do Caboclo, por sua vez, aprende-se mais sobre a colheita do açaí e a produção da mandioca, duas das principais atividades econômicas da região, além de como viver em harmonia com a natureza. E a viagem à Amazônia viabiliza ainda uma visita à aldeia indígena Kubeua, comunidade que aceita a participação dos viajantes em alguns rituais do grupo.

E, fora essa programação, o destino tem ainda mais a oferecer. Um dos seus privilégios proporcionados por ele é o encontro das águas dos rios Negro e Solimões, caracterizado pela diferença nas cores de ambos, que parecem não se misturar. Além disso, Iranduba (AM), conta ainda com mais de 100 sítios arqueológicos registrados. 

Um deles é o Parque Ecológico Janauari, sugerido para quem busca viver o interior da floresta amazônica. Ao longo de nove mil hectares de terra, várzea e igapós formam a propriedade do governo do estado. Além de observar de perto os igapós, o visitante também é levado ao Lago das Vitórias-Régias, flor típica desse ecossistema.

Opção para um dia relaxante em águas doces e mornas, a Praia do Açutuba já dispõe de estrutura para receber turistas, por exemplo, com opções de alimentação no local. A visita à Praia do Japonês é uma alternativa para os banhistas, porém, o acesso não é gratuito.

Programação turística em Manaus

Capital do Amazonas, Manaus é marcada pelo ciclo econômico do látex, matéria-prima da borracha produzida na região responsável por ser grande destaque na história brasileira a partir do século XIX. Seu centro histórico, por exemplo, reflete os tempos áureos passados por meio da arquitetura moldada pela Belle Époque.

Exemplos dessa era que resistem ao tempo, o Mercado Adolpho Lisboa e o Teatro Amazonas são pontos turísticos que ajudam a  contar a história da cidade. Tombado como patrimônio histórico cultural em 1966, o teatro recebia espetáculos europeus e, ainda hoje, é considerado um dos mais belos do mundo, como apontou a pesquisa portuguesa Angi,  sendo também um dos cartões-postais manauaras.

Mas ainda hoje, o município integra uma rota importante para o país, principalmente aérea: todas as capitais possuem voos para a capital, sendo que quatro delas – Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Fortaleza – contam com opções diretas frequentes, que levam cerca de 4 horas. As demais origens costumam oferecer apenas trajetos um pouco mais longos, com escalas. O pacote de viagens do Hurb, por exemplo, tem saída de 14 capitais do país nas regiões Sul, Sudeste, Centro-oeste e Nordeste.

Enquanto grande parte dos passeios realizados na floresta acontecem de dia, a noite pode ser aproveitada para compras no Shopping Manauara ou nos restaurantes locais, onde desfruta-se de pratos nortistas, como o tacacá, o pato no tucupi, a maniçoba – feijoada paraense à base das folhas da mandioca brava – e peixes de água doce, como o tambaqui e pirarucu.

Destacam-se também as cachoeiras do Santuário e de Iracema, em Presidente Figueiredo, para ver cascatas de até 8 metros de altura e tomar banho nas pequenas piscinas formadas às margens dos rios, e o arquipélago de Anavilhanas, para participar da extração de látex da seringueira, que levou a cidade à riqueza.

Neste mês de março, o Hurb celebra 12 anos e disponibiliza uma vitrine com alguns dos destinos nacionais e internacionais da plataforma.

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