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Messias Botnaro: obra satírica sobre o presidente
Messias Botnaro: obra satírica sobre o presidente. A editora O sexo da palavra está lançando mais um projeto. Trata-se de Novo Febeapá: Suma Patriótica, escrita pelo heterônimo Messias Botnaro. O livro trata de uma sátira dos tempos que estamos vivendo desde o pleito eleitoral de 2018
Messias Botnaro está morto e os vermes devem estar se deliciando com as frias carnes de seu cadáver neste momento. Para nós, restaram seus textos, psicografados e transcritos neste livro, cheios de opiniões abusadas e absurdas contra todas as formas de “maluquices” que ele acredita que a esquerda inventou, nesses últimos tempos.
Novo Febeapá: Suma patriótica, surge a partir de muitos momentos do então presidente eleito deste país em 2018, que foram, acima de tudo (e de todos) radio-tele-web-difundidos desde sua ascensão até os dias atuais (e contando). Já dizia a placa nos parques de obras “estamos a X dias sem acidentes”, não é o que ocorre por aqui… Há acidentes diários, uns mais catastróficos, outros ofuscados por outras catástrofes.
Febeapá é um termo que o autor Sérgio Porto, sob seu heterônimo Stanislaw Ponte Preta, cunhou durante a ditadura militar em textos jornalísticos com o significado de “Festival de besteiras que assolam o país”. Botnaro ressuscita o termo, e troca, singelamente, “besteiras” por “barbáries”.
Não poderia ser por menos, afinal Messias não poupa ninguém, nem as feministas, nem as militâncias LGBTQ, nem as raciais. Todes para ele são exemplos de histéricos e badernistas juramentados, para usar expressão de outro senhor político brasileiro de renome.
O livro é composto por 3 volumes reunidos de seus escritos. O primeiro, Prolegômenos a toda literatura futura que queira apresentar-se como patriótica, conta com prefácio de Bruno Greggio, em que se salienta uma característica bem brasileira: uma lei superior àquelas feitas pelos homens, uma lei soberana!
Messias Botnaro: obra satírica sobre o presidente, nela, está determinado que, “de tempos em tempos, o brasileiro eleja um governo só para rir dele, custe o que custar. Mesmo que o custo seja morrer de rir”. Nada mais explícito e atual para se começar este livro. Logo após, Messias Botnaro se apresenta, num texto rápido, a fim de localizar o leitor, intitulado Contra o novo Febeapá. Se já chegou até aqui, terá que seguir caminho para tentar encontrar uma solução para essa proposta, digamos, indecorosa.
Seguimos para seu Manifesto Copista, produzido em dupla com Joanim Pepperoni, Phd, desde o início indicando que foi elaborado na Terra da Cocanha, em 2021, e que pode ser copiado à vontade. É copyleft mesmo, por mais que o autor tenha tantas críticas à esquerda.
Ricardo Lísias, autor de Ana O e outras novelas (Globo, 2007), O livro dos mandarins (Alfaguara, 2009), O céu dos suicidas (Alfaguara, 2012) e Gabriel Nascimento, editor associado da Cousa, num texto que remete ao tão conhecido e temido grupo de whatsapp, conversam com Botnaro e Pepperoni, mortos, psicografados com auxílio da tecnologia atual. Este texto foi publicado originalmente na revista Odisseia, da UFRN, em 2020.
Finalizando essa parte, ou volume, abre-se espaço para uma entrevista com o autor, regida por Letícia Malloy, organizadora da coletânea Na Literatura, os espaços (O sexo da palavra, 2019), André Tesaro Pelinser e Vitor Cei, pesquisadores e professores brasileiros que se submeteram a receber todos os tipos de grosserias de Messias Botnaro. Aqui descobrimos que o nobre autor já se encontra com diversos textos publicados. Vale lembrar, que o livro é espaçado pelas artes de Márcio Vaccari, que também está na capa do livro, com design concebido por Antonio K.valo.
Nos volumes, ou partes, que seguem, Messias se dedicará à militância LGBTQ, intitulado Minha Luta contra a ditadura gay e a ideologia de gênero, com prefácio icônico de Rick Afonso-Rocha, e finaliza com o posfácio de Joaquim Maria. No meio disto, o leitor se depara com textos que se dedicam ao orgulho hétero, a um tal “ódio do bem”, revolução e ideologia sexual e de gênero, passando pela tal da ditadura gay, a inexistência da homofobia, assim como a cura dos homossexuais.
O último capítulo, ou volume, ou parte, o autor se dedicará à militância negra, com um título que dá continuidade às opiniões anteriores: Minha Luta contra os afromimizentos. Ancorado pelo prefácio de Serginho Amargo, surge a contextualização da negritude tóxica, dando espaço para as opiniões de Botnaro sobre raça, racismo, políticas, consciência (humana, obviamente), cultura negra, entre outros rompantes do autor, até chegarmos ao ápice de sua crítica, ao falar dos quilombolas (aqueles, que pesam 7 arrobas, que não servem nem para procriação, muito difundido num encontro em um clube de judeus no Rio de Janeiro).
Claro que o movimento Black Lives Matters e o autêntico estudo de que todas as vidas são importantes não ficariam de fora deste livro. Por fim, a crítica literária Sarah Forte nos brinda com um prefácio de suma importância, talvez nosso passaporte para retornar às nossas realidades.
O livro está em pré-venda de 20 de abril até 22 de maio e pode ser adquirido diretamente no site da editora.
Da Assessoria
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