Palco Esperantivo: 5 músicas fora da caixa para você conhecer
Nesta publicação de estreia da coluna, selecionamos 5 músicas fora da caixa do Rock, Metal, Jazz/R&B e Música Orquestral independente que merecem o seu play
Durante três anos o Esperantivo – Casa, Comida e Cultura movimentou o Cabo de Santo Agostinho/PE como espaço de circulação artística independente, realizando mais de 70 apresentações entre 2017 e 2020. Idealizado pelos jornalistas e produtores Andrea Trigueiro e Jefte Amorim, o espaço fechou as portas da casa em março de 2020 e esteve em pausa durante a pandemia. Agora, os curadores e fundadores do Esperantivo têm retomado atividades, transformando a marca em um selo de música independente e hub criativo digital.
Como parte desse novo momento, em parceria com o InterD – música e conhecimento, estreamos aqui uma coluna semanal com curadoria de Jefte Amorim: o Palco Esperantivo.
A proposta da coluna é falar de lançamentos da música, apresentar propostas artísticas disruptivas e abrir espaço para artistas independentes fora do radar do mainstream nacional. Para esta estreia, selecionamos 5 sons – que passeiam pelo Rock, Metal, Jazz/R&B, Folk e Música Orquestral – que merecem sua atenção.
Se você quiser continuar ouvindo as dicas, pode seguir as playlists do Esperantivo no Spotify: Melhores do Groover e Toca no Esperantivo.
5 músicas fora da caixa que merecem o seu play
Começando pela França, Bend the Future é uma banda fundada em 2019, em Grenoble, que une Rock Progressivo e Art Rock e constrói canções com tempos complexos e abordagens jazzísticas.
Com sonoridade que agrada desde fãs de Dream Theater a fãs de BadBadNotGood, a banda tem dois álbuns de estúdio e alguns singles na bagagem, disponíveis nas plataformas de streaming.
Com arranjos e produções bem trabalhadas, os vocais podem não agradar aos fãs mais tradicionais de Prog pela abordagem um pouco mais Art Rock / Indie, mas os instrumentais são absolutamente impecáveis. Para conhecer, separamos a faixa “Lost in time”, single que também foi lançado recentemente em versão ao vivo.
Partindo para o Canadá, a banda Paroxysm, de Montréal, tem como norte a ideia de criar um som brutal, mas ainda com groove.
Fundado em 1996, o grupo lançou seu primeiro álbum em 2004 e tem na bagagem três trabalhos de estúdio lançados e, apesar da pausa na banda em 2016, continua promovendo seu material online.
Com um Death Metal agressivo e rápido, mas cadenciado, a banda é um prato cheio para quem aprecia texturas mais modernas do metal extremo e se interessa por bandas como Misery Index e Cannibal Corpse.
Chick Corea é, sem dúvidas, um dos grandes nomes da história do Jazz e influenciou inúmeros artistas ao redor do mundo, incluindo o pernambucano Amaro Freitas.
Falecido em fevereiro de 2021, sua obra continua ressoando e inspirando artistas de diversos gêneros. Inclusive a artista de nossa indicação da vez, a japonesa filha de pais japoneses e israelenses Geila Zilkha.
Cantora de Jazz e R&B e radialista com certa popularidade no Japão, a cantora tem buscado públicos internacionais e lançou uma versão de “Spain”, hit conhecido de Chick Corea. A versão que incorpora o swing mais dançante do R&B está disponível nas plataformas de streaming.
Geila Zilkha – Spain (Clique aqui)
Partindo para a América do Sul, seguimos a máxima do “Vai pra Cuba” para esta indicação. Sumo y los Hermanos del Alma é um grupo que reúne músicos radicados em Cuba e na Suíça para criar uma música potente baseada em ritmos afrolatinos. Com um Afrobeat temperado com influências de blues, guitarrada e percussões iorubá, o grupo tem uma sonoridade ímpar. O single Oyá, que separamos, é uma amostra disso, contando ainda com um videoclipe belíssimo e muito bem produzido. É uma faixa potente, cheia de swing e groove, com produção e mixagem impecáveis, cantada em Iorubá. Vale cada segundo do play.
Para finalizar em clima mais Folk e Orquestral, separamos uma faixa criada para a trilha sonora do filme italiano L’Arminuta: “Just You”. Tema da personagem Adriana, uma das protagonistas do filme, é uma canção de saudade, melancolia e amor de uma irmã a outra, interpretada pela artista croata-italiana Marianna Travia, nascida em Messina e residente de Belgrado. Com uma voz suave, arranjo minimalista e ambiência profunda enriquecida pelas linhas construídas pela violinos, harpa, piano e seção de cordas, a faixa é um prato cheio para quem gosta de abordagens folk de ambiência mais etérea e atmosférica.
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