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Atila Iamarino e Natalia Pasternak entre as principais vozes da ciência no Twitter em 2021
- Ciência e saúde
- 20 de dezembro de 2021
Atila Iamarino, divulgador científico, e a microbiologista Natalia Pasternak estão entre as principais vozes da ciência no Twitter em 2021. Luiza Caires, também ligada à USP, aparece na relação
Por Guilherme Gama/Jornal da USP
Arte: Guilherme Castro/Jornal da USP
Além desses, cinco perfis de instituições receberam destaque, como o Instituto Butantan e a conta oficial da USP. Os resultados mostram que 97% dos influenciadores de ciência brasileiros no Twitter falaram sobre vacinação e ajudaram na divulgação da importância dos imunizantes, de modo colaborativo do conhecimento, com intensa interação entre os perfis. O estudo tem apoio do Instituto Serrapilheira e do International Center for Journalistas (ICFJ) e pode ser conferido neste link.
A rede de interações foi desenvolvida a partir da base de dados do Science Pulse, ferramenta gratuita de monitoramento da comunidade científica nas redes sociais, que reuniu 450.906 publicações de 1.088 perfis de cientistas, especialistas e organizações da comunidade científica sobre a covid-19 entre os meses de novembro de 2020 e novembro de 2021, segundo o relatório.
Um dos destaques do estudo foi a intensidade de troca entre os influenciadores, o que mostra que a conversa sobre a pandemia aconteceu em um ambiente de debate e construção do conhecimento colaborativo, visto o grande número de respostas, menções e retuítes entre os pesquisadores. A imagem abaixo, que pode ser acessada por este link, representa a rede de trocas entre os perfis mapeados no período analisado. As cores representam os principais agrupamentos detectados: pesquisadores e instituições brasileiras (39%) e comunidade global de cientistas (53%). Ao todo, foram 20.950 arestas, ou interações.
Como os rankings foram criados?
Os 15 principais influenciadores do período foram selecionados levando em consideração os fatores de autoridade, que demonstra quais são os perfis centrais na difusão de informações na rede e, por consequência, os mais respeitados e/ou com maior prestígio, e articulação na rede, que avalia quais perfis são a ponte entre diferentes grupos, com a maior capacidade de difundir suas mensagens na comunidade.
A popularidade, que reflete o possível alcance de determinado perfil na rede — diz respeito à quantidade de seguidores que um perfil possui — foi o último critério de desempate, como informa o relatório. As medidas propostas são baseadas na literatura de análise de redes em consonância com as discussões sobre influência nas mídias sociais.
Quais são as principais vozes da pandemia no Twitter?
Entre o Top 10 Influenciadores, além de Atila Iamarino, Natalia Pasternak e Luiza Caires, estão: Daniel Dourado, médico e advogado sanitarista, pesquisador do Centro de Pesquisa em Direito Sanitário da USP; Otavio Ranzani, médico pela USP, e Vitor Mori, doutor em Engenharia Biomédica também pela USP. A lista também inclui Denise Garrett, Isaac Schrarstzhaupt, Mellanie Fontes-Dutra e Pedro Curi Hallal.
Entre as instituições renomadas de ciência, além do Instituto Butantan e da USP, destacaram-se neste ano a Agência Fiocruz, a Fiocruz e o Observatório COVID 19 BR.
Enquanto, após quase dois anos de pandemia, perfis se consolidam na comunidade como uma referência sobre o assunto, como é o caso de Atila Iamarino, novos nomes apareceram no debate, caso de Pedro Hallal, que participou do programa Roda Viva em março de 2021 e ganhou força e notoriedade na rede, de acordo com a análise.
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Outra conclusão do relatório se refere à comparação entre os influenciadores brasileiros e os internacionais. Segundo ele, devido ao grande prestígio de revistas e periódicos ingleses e norte-americanos, a presença de instituições nos rankings internacionais é mais forte quando comparadas ao cenário brasileiro, especialmente em relação à métrica de popularidade. Em dados comparativos, o ranking de influência da comunidade global de cientistas chega a ter 22% mais instituições do que o cenário brasileiro.
A corrida pela vacinação foi um dos principais temas de discussão da comunidade científica neste segundo ano de pandemia — e o assunto não saiu da boca, ou do Twitter, dos influenciadores: 53% dos tuítes mencionam vacinas, 97% dos publicadores falaram sobre os imunizantes e 50 é o número mediano de publicações do tema por perfil.
Entre as vacinas desenvolvidas, as três mais utilizadas no Brasil são também as mais mencionadas pela comunidade científica: CoronaVac (7%), Pfizer (5%) e AstraZeneca (3%). No total, foram 100.945 tuítes de menções às vacinas.
Ainda, segundo o estudo, as publicações apresentaram grande responsividade em relação à evolução da pandemia e às descobertas científicas do período, com preocupação em elucidar os conceitos mais complexos para a população em geral, e combater as notícias falsas.
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