São Paulo, SP 31/3/2021 – No Brasil, os equipamentos e insumos da LGC são utilizados por laboratórios de referência como Fiocruz-PR e Lacen-PE
LGC, especialista mundial em ciências da vida, desenvolveu um robô capaz de realizar mais de 10 mil testes por dia de Covid-19 e baratear exames em até 10 vezes
Uma nova abordagem, já disponível no Brasil, pode acelerar a realização de testes para a detecção de Sars-Cov-2, causador da pandemia de Covid-19, e barateá-los em até 10 vezes. Trata-se de um sistema de altíssimo desempenho para a realização de PCR em tempo real (RT-PCR), técnica padrão-ouro para a detecção do material genético do novo coronavírus em amostras biológicas (como secreções do trato respiratório).
A técnica foi desenvolvida pela LGC, empresa britânica líder global na área de produção de reagentes e de dispositivos de automação laboratorial em larga escala, além da realização dos testes propriamente ditos. Entre os parceiros no Brasil que empregam equipamentos ou insumos da LGC estão laboratórios públicos de referência como a Fiocruz-PR e o Lacen, além de grandes laboratórios privados.
Esse fluxo de operação otimizado pode ser do tipo high throughput (HTP) ou ultra-high throughput (uHTP), com capacidade para analisar de 4.500 a 150.000 amostras por dia em uma única plataforma. Para comparação, menos de 1.000 testes podem ser feitos ao dia em máquinas convencionais.
“A testagem em massa e o isolamento social estão na base de qualquer planejamento de retorno às atividades profissionais”, diz Alexia Leite, diretora comercial da LGC para a América Latina. “Com esse sistema, é possível garantir que todos aqueles com suspeita de estarem contaminados pela Covid-19 possam ser testados de maneira rápida e com um custo reduzido, democratizando o acesso a todos os brasileiros.”
O alto volume de processamento é possível graças à miniaturização da análise que é realizada no dispositivo robótico, IntelliQube qPCR system. A quantidade de reagentes e de amostra é de menos de um décimo da convencional, com volume total de apenas 1,6 microlitro, que equivale a uma microgota de 0,0016 mL.
“Esta solução foi perfeitamente adaptada ao momento da pandemia, que exige resultados para um volume grande de pacientes, ao mesmo tempo em que o Brasil enfrenta dificuldades no abastecimento global de reagentes, permitindo um uso bem menor desses consumíveis”, afirma Alexia.
Esse aparato até então era mais empregado em soluções biotecnológicas para o agronegócio, como na seleção de sementes para plantio ou para a obtenção de características favoráveis na criação e reprodução de animais, como em criações de salmão e para gado bovino.
“Os laboratórios de biologia molecular ao redor do mundo precisaram aumentar sua capacidade de processamento com urgência. Primeiramente para resolver a questão da pandemia de Sars-CoV-2 e também poder distinguir o coronavírus dos vírus causadores da gripe e tantos outros que provocam doenças respiratórias”, complementa a executiva.
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