CGTN: ‘Parceiros de Ouro’: China e Brasil buscam um mundo mais justo e um planeta mais sustentável
Festival pernambucano de jazz oferece oficinas on-line
A edição especial do Panela do Jazz Live homenageia Moacir Santos, conhecido como Ouro Negro
Amantes do jazz e da música instrumental têm encontro marcado entre os dias 18 e 21 de fevereirol. O Panela do Jazz Live apresenta edição on-line oferecendo masterclasses de sax, piano, percussão e guitarra com artistas consagrados.
A atmosfera do improviso musical característico do jazz será transposta das ruas para o palco virtual na primeira edição do Panela do Jazz on-line. Após reunir mais de 16 mil pessoas em duas edições, o festival pernambucano desembarca na internet para agraciar os fãs afastados do convívio social por conta do distanciamento obrigatório da pandemia – razão do cancelamento da terceira edição prevista para ocorrer no Recife no ano passado.
O evento de 2021 – acessível para o mundo inteiro – reúne expoentes da música pernambucana cuja trajetória é pontuada por apresentações elogiadas Brasil afora. O primeiro dia da programação conta com shows de Dois de Paus (com participação de Nena Queiroga), Augusto Silva & Frevo Novo e Amaro Freitas Trio.
O segundo tem Agláia Costa, Sertão Jazz (com Amanda Cabral e Karol Maciel) e Spok Quinteto (com participação de Maíra e Moema). Os artistas subirão ao palco montado no Fábrica Estúdio – com obediência aos critérios sanitários definidos pelas autoridades – e terão as performances transmitidas ao vivo pela plataforma do Panela no YouTube e nas redes sociais.
Todas as atrações selecionadas para o evento dialogam com o vigor artístico da obra do maestro, arranjador, compositor e multi-instrumentista pernambucano Moacir Santos, homenageado da edição virtual e – caso a pandemia arrefeça com a vacinação – física, prevista para ocorrer no bairro do Poço da Panela, em novembro, durante a Semana da Consciência Negra.
O tema deste ano – “A musicalidade instrumental da cultura afro e indígena no experimentalismo do jazz” – é inspirado na vida e na vasta produção do artista nascido em Flores, Sertão do Estado, radicado nos Estados Unidos e consagrado em palcos internacionais através de obras icônicas e parcerias celebradas com nomes da dimensão de Vinicius de Moraes e Kenny Burrell.
Homenagem a Moacir Santos
A curadoria do Panela do Jazz em 2021 fica a cargo do contrabaixista, arranjador, compositor e produtor musical Bráulio Araújo, uma das metades do Dois de Paus, escalado para o festival. Coube a ele a missão de montar uma grade artística alinhada à essência múltipla da obra de Moacir Santos e exclusivamente preenchida com atrações locais em resposta ao estímulo ao festival proporcionado pela Lei Aldir Blanc – fomento emergencial aprovado pelo Congresso para ajudar a cena musical prejudicada pela suspensão dos shows em virtude da pandemia da Covid-19.
Oficinas
Tornou-se tradição do festival explorar ações educativas, culturais e comunitárias revestidas de relevância social e histórica através da oferta de oficinas musicais gratuitas nos dias anteriores aos shows. Quatro aulas de uma hora cada estão programadas para os dias 18 e 19 de fevereiro e serão ministradas online pelo maestro Spok e pelo pianista Amaro Freitas, no primeiro dia, e pela percussionista Lara Klaus e pelo guitarrista Luciano Magno, no segundo dia (serão às 18h e às 20h).
O festival
Criado em 2018, o Panela do Jazz se firmou no calendário cultural de Pernambuco através da capacidade de harmonizar atrações musicais, cênicas e circenses nacionalmente relevantes com ações educativas, artísticas, gastronômicas, econômicas e ambientais guiadas pela inclusão, pela valorização do patrimônio histórico, pelo respeito à diversidade, pelo estímulo à cidadania e ao desenvolvimento comunitário.
A edição de fevereiro se concentra no empenho solidário para mover a engrenagem da cultura pernambucana e garantir ocupação e visibilidade ao trabalho desenvolvido pelos artistas do Estado afetados pela paralisação forçada da crise sanitária. É, sobretudo, uma oportunidade de acalentar musicalmente o público afastado dos programas culturais com aglomeração.
“É muito significativo realizar essa edição, tanto para produtores quanto artistas e o público. Voltar o contato com a cena instrumental pernambucana bastante afetada pela pandemia. A música instrumental não é tão popularizada assim e, por isso, os músicos sofreram muito com essa paralisação e o afastamento dos palcos, daí a importância dessa vitrine, para valorizar, respirar. E é uma oportunidade de entretenimento levar música de qualidade à casa das pessoas, levar a cultura pernambucana”, avalia o idealizador do Panela do Jazz, o produtor cultural Antonio Pinheiro.
Website: http://linktr.ee/paneladojazz