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Internacionalista fala sobre a importância da cadeia de logística na distribuição das vacinas da Covid-19
São Paulo, SP 17/2/2021 – É evidente que um bom planejamento na logística internacional é fundamental para tornar o processo de entrega e distribuição das vacinas eficazes
A estrutura supply chain proposta ajuda a estabelecer medidas que garantem maior estabilidade e segurança nas cadeias de distribuição
Em uma estrutura de supply chain (cadeia de logística) de distribuição de vacinas, a gestão e a monitorização são algumas das áreas mais importantes na cadeia de abastecimento, de acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS. E negligenciá-las, segundo a instituição, eleva as taxas de desperdício, as falhas de estoque e custos operacionais, gerando impacto e consequências negativas na saúde pública de qualquer país.
O termo “logística” surgiu na época do Império Romano onde os generais chamavam de “logistikas” todo e qualquer militar designado a garantir recursos, armamentos e suprimentos para a guerra, lembra Diego Reis Moreira, bacharel em Relações Internacionais. Com isso, informa o profissional, antigos líderes militares usavam a logística como arma estratégica de ataque e defesa contra os inimigos, assim, os generais eram forçados a estudar a melhor rota e a forma mais inteligente de deslocar o exército, de armazenar equipamentos e mantimentos.
“No fim da Segunda Guerra Mundial, empresas e indústrias começam a perceber o quão importante é ter uma equipe dedicada a cuidar da cadeia de logística. No Brasil, a logística apenas ganhou forca comercial na década de 90, devido à redução na alíquota de importação que havia recém-entrado no país. Dessa forma, inúmeras mercadorias começaram a ser levadas para regiões próximas ao consumidor final, onde anteriormente eram áreas inacessíveis ou inviáveis de venda e agora havia uma organização logística para armazenagem e entrega nesses locais”, explica Diego Moreira, com especialização em Business Carrier Program – Computer Systems Institute (Worscester-MA, US).
Conforme o internacionalista, que foi agraciado com o Prêmio de Eficiência Logística da INFRAERO em 2016, o cenário da atual pandemia tornou-se um dos maiores desafios da gestão e a monitorização da logística internacional, com transporte, distribuição e armazenamento das vacinas contra a Covid-19, em diversos países. “Sem sombra de dúvidas, a imunização contra a Covid-19 é desafiador em termos logísticos em todo o mundo. Tendo em vista que as vacinas necessitam de cuidados específicos para sua armazenagem, como também, no controle da temperatura durante todo o transporte, da fábrica onde foi produzida até o destino final”, explana Moreira, que possui certificados em Comércio Exterior (ABED), Professional Sellings Skills (PSS) e Planejamento Estratégico (IPED).
A OMS, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF, desenvolveu o chamado Effective Vaccine Management (Gestão Eficaz de Vacinas), processo que promove a melhoria da cadeia de logística na distribuição de vacinas através da monitorização de um conjunto de etapas inerentes. Tal procedimento passou a ser utilizado no mundo inteiro, e atualmente é imprescindível na campanha de vacinação contra a Covid-19. O processo passa pelas seguintes etapas: chegada da vacina em condições satisfatórias, controle de temperatura, capacidade de armazenamento, infraestrutura, manutenção, gestão de estoque, distribuição, cumprimento das recomendações para a correta gestão da vacina e o sistema de informação (Logistics Management Information Systems – LMIS).
A logística de distribuição das vacinas é um desafio, alega o internacionalista, principalmente da Covid-19 em que os cuidados são redobrados para garantir a distribuição de um grande número de doses em todo o mundo. “E dentro de um processo logístico internacional complexo, como este, os cuidados são essenciais em todos os detalhes”, alerta Diego, com vasta experiência desenvolvida nas áreas de negócios, Supply Chain, comercial e logística nacional e internacional.
Existem ainda diversos procedimentos e etapas, relata Moreira, como licenças de importação (conforme manda a legislação de cada país), liberação em aduana de origem e destino, emissão de documentação para embarque internacional, disponibilidade de aeronave passageira ou cargueira para o transporte, locais adequados para armazenagem, embalagens, além do transporte rodoviário interno para distribuição e imunização em massa.
“Dessa forma, é evidente que um bom planejamento na logística internacional é fundamental para tornar os processos de entrega e distribuição das vacinas eficazes. E sem dúvida nenhuma, a gestão e a monitorização de todo procedimento passaram a ser a missão dos tempos atuais”, conclui o internacionalista Diego Reis Moreira, membro da Câmara de Comércio Brasil – Estados Unidos e com forte conhecimento na área de warehousing e distribuição rodoviária doméstica com sólida base em desembaraço aduaneiro e logística de entrega de carga.