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Startup de SC contrata brasileiros para trabalhar em empresas americanas de TI

Mais do que nunca, empresas americanas se voltam para o Brasil para contratar talentos de tecnologia. Para além dos custos atraentes, o nível técnico dos profissionais faz do país referência para quem quer montar times remotos ou distribuídos

Com a crescente demanda por profissionais de Tecnologia da Informação e Comunicação, Ciência da Computação e Engenharia de Software, empresas americanas se voltam para o mercado brasileiro. Surge a importância do recrutamento tech.

Cenário preocupante – Apesar dos impactos econômicos trazidos pela COVID-19, os Estados Unidos está entre os países mais afetados pela falta de profissionais de TI. É o que evidencia uma pesquisa recente do Manpower Group. De acordo com o levantamento, quase 7 em cada 10 empregadores do setor relataram dificuldades em preencher vagas – índice mais de três vezes maior do que há uma década.

As perdas de receita potencial são significativas. Estima-se que somente entre as empresas de FinTechs (softwares e aplicativos para serviços financeiros), o prejuízo chegue a mais de 1,3 trilhão de dólares. O déficit de trabalhadores para estas posições é de 10,7 milhões pessoas.

Já as indústrias de alta tecnologia, mídia e telecomunicações precisam de 4,3 milhões de especialistas digitais até 2030. Estima-se que essas carências custarão a elas 449,7 bilhões de dólares em receitas não realizadas (a capitalizar).

O mercado de trabalho nova-iorquino é o mais afetado. Após uma década de pesados investimentos no desenvolvimento de um ecossistema de tecnologia e SaaS – Software as a Service (software como serviço, em português), a região se tornou o segundo maior polo para programação, perdendo apenas para São Francisco, na Califórnia.

A solução encontrada pelas empresas de lá, então, tem sido se voltar para a América Latina. São muitos os motivos que levam americanos a sondar profissionais brasileiros para atuar remotamente na indústria de tecnologia da informação. Entretanto, as principais vantagens estão na sobreposição de fusos horários, os custos atraentes para a folha de pagamento e, principalmente, o alto nível de qualificação dos brasileiros quando comparados a profissionais de outras partes do mundo.

Problema mundial, solução brasileira – A população mundial de desenvolvedores de software, atualmente em 24 milhões, deve continuar a crescer.

Em 2024, os EUA perderão sua liderança para a Índia enquanto maior centro populacional de desenvolvedores. A América Latina é, agora, a segunda população de TI de crescimento mais rápido. Os dados são da Evans Data Corporation. O Brasil se destaca a passos largos. O país lidera o ranking latino-americano de investimentos em TI.

Dados compilados de fontes especializadas como Agile Nation, CodeinWP, HackerRank, e Qubit Lab revelam o cenário brasileiro de mercado de TI. Estima-se que 6,18 milhões de profissionais sejam fluentes em inglês. Além disso, são 46 mil graduados em TI por ano.

Tratando-se de tecnologias específicas, outros destaques são o posicionamento técnico. O Brasil abriga a maior população de desenvolvedores Java do mundo, é o 2º melhor para sistemas legados e desenvolvimento de mainframe (após apenas os EUA) e seus programadores ocupam a 4ª posição entre os melhores desenvolvedores front-end.

O que torna os programadores brasileiros tão atraentes – O pool de talentos brasileiro é variado e atraente. Existem mais de 133 mil desenvolvedores de UI, full-stack, mobile e de jogos disponíveis aos empregadores estrangeiros.

Para as empresas americanas, o fato de esses profissionais estarem disponíveis em uma diferença de fuso horário de apenas 1 a 3 horas é visto como uma vantagem a mais, desbancando a concorrência do Leste Europeu e Sudeste Asiático.

Algumas características comportamentais atraem empregadores estrangeiros. O Brasil é visto como um país bastante diverso, onde os profissionais tendem a apresentar algumas características que beneficiam as equipes que os acolhem.

Dentre elas, destacam-se a postura de resolução de problemas diante das adversidades, levando à engenhosidade e inovação; a atitude descontraída e adaptabilidade às mudanças, facilitando a melhoria contínua; e a forte capacidade de navegação em ambientes multiculturais.

Em uma conferência recente na Universidade de Stanford, o consultor Spencer Stuart destacou que é muito mais uma questão de inteligência e experiência, não de preços.

“As empresas americanas com operações no Brasil também estão cada vez mais em busca de talentos locais de liderança sênior aqui, em vez de trazer expatriados de outros países.”

Efeito COVID-19 – Com a popularização do trabalho remoto, mais e mais empresas estão se estruturando para manter times distribuídos também após a pandemia. A distância física tem se tornado um critério cada vez menos relevante, prevalecendo o critério de perfil técnico-comportamental. Havendo boa conectividade e inglês fluente, o candidato qualificado está apto a se candidatar.

Grandes nomes se voltam para o mercado brasileiro – Entre as mais novas empresas a construírem times no Brasil, estão gigantes de tecnologia, como a Datatrak (soluções em nuvem para análises clínicas), a PowerSchool (maior empresa de tecnologia para a educação do mundo) e uma importante empresa de buscador para vídeos e gifs, recentemente adquirida pela Facebook.

Entre os perfis mais buscados estão DevOps/SRE, Cientistas de Dados, Designers UX/UI e programadores web e mobile.

Como trabalhar para uma empresa americana  – Por se preocuparem em oferecer condições atraentes de trabalho e fornecer apoio adequado em termos de RH, essas empresas têm optado por utilizar os serviços da empresa de HRO (Human Resources Outsourcing – Terceirização de Recursos Humanos, em português), como a catarinense Ubiminds. A startup faz o recrutamento e seleção, contrata, executa serviços de Departamento Pessoal e outras ações de apoio à retenção e sucesso dos profissionais.

Entregar tal estrutura de apoio não seria possível no caso de contratação direta, por exemplo, ao menos que tais empresas abrissem escritório no país – o que seria moroso e, muitas vezes, inviável financeiramente. Talentos de TI interessados em concorrer às oportunidades devem se inscrever pelo site da empresa.

Serviço

O que: vagas remotas para o setor de SaaS/TICs para empresas americanas (Califórnia, Texas e Nova Iorque).

Como: análise de currículos, testes online e entrevistas por vídeo.

Onde: inscrição na comunidade de talentos da empresa Ubiminds, pelo site www.ubiminds.com.

Website: http://www.ubiminds.com

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