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Ano de 2021 promete ser ainda mais solar, apontam especialistas
Previsão é que o mercado continue crescendo e seja a força motriz da recuperação econômica pós-Covid-19
Em 2020, o setor solar foi afetado pela alta do Dólar, pela queda de oferta devido à crise provocada pela pandemia da covid-19, e as graves inundações no Sudeste chinês. Além disso, o mercado fotovoltaico enfrentou a queda no ritmo de fabricação e a baixa disponibilidade de transporte marítimo.
Porém, distribuidores, integradores e instaladores se mostraram resilientes, garantindo o aquecimento do setor. Dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) apontam que entre janeiro e outubro de 2020, o país atingiu cerca de 1.800 MW de potência em GD (geração distribuída) solar, uma alta de 60% em relação aos 1.100 MW registrados no mesmo período de 2019.
Ademais, a GD alcançou a marca de 4 GW de potência, com mais de 411 mil unidades consumidoras recebendo créditos da fonte solar, além de aproximadamente 330 mil usinas fotovoltaicas instaladas em mais de 5 mil cidades brasileiras.
E para 2021, quais são as perspectivas?
O Canal Solar conversou com alguns dos profissionais em destaque do setor que apontaram que “o futuro será cada vez mais solar.
“O ano de 2021 promete no setor solar fotovoltaico. Com a tecnologia ainda mais difundida, o payback mais do que comprovado e os preços ficando mais acessíveis, mesmo com a alta do dólar, a previsão é de uma explosão de demanda para o próximo ano”, disse Lucas Freitas, CEO da Genyx.
Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), comentou que as perspectivas para o próximo ano são de crescimento acelerado devido à alta atratividade econômica e ambiental da energia solar.
“Nos últimos sete anos, a GD solar teve um crescimento médio de 231% ao ano no Brasil, com geração de emprego e renda e atração de capital privado. O investimento na tecnologia fotovoltaica viabilizou uma redução de mais de R$ 4,7 bilhões no bolso dos consumidores, recursos que foram reinjetados na economia local desde 2012”, apontou Koloszuk.
Para Aldo Teixeira, presidente da Aldo Solar, apesar da pandemia o Brasil teve um ano histórico.
“Levamos sete anos para atingir 2 GW de potência em geração distribuída, de 2012 a 2019, e agora dobramos esse montante, chegando ao marco de 4 GW. Esse número demonstra que o país vem abraçando a energia fotovoltaica e que estamos no caminho certo para crescer exponencialmente também em 2021”.
Para Leandro Martins, presidente da Ecori, o início de 2021 será desafiador para o setor.
“Existirá demanda retraída de fornecimento, o que significa que os fornecedores terão dificuldades para embarcar nas datas e quantidade combinadas. A expectativa é que a partir do segundo trimestre começaremos a ver uma normalização em relação aos problemas que ainda veremos no trimestre anterior. Existirá uma correria para atender a demanda retraída. Então, do segundo ao quarto trimestres teremos muitas atividades. Acredito que a GD vai bater 5 GW em 2021. Podemos, inclusive, ultrapassar a marca total de 10 GW ainda em 2021. Nós da Ecori, por exemplo, temos a expectativa de crescimento de 200% em faturamento, em relação a 2020”, concluiu.
Alberto Cuter, gerente geral da Jinko Solar na América Latina, destacou a expansão do mercado brasileiro de GD.
“O setor tem apresentado nos últimos três anos níveis de crescimento entre os mais elevados do mundo. Graças a empresas bem preparadas como Aldo Solar, PHB, Fortlev, Golden, as perspectivas de aumento são muito positivas. Não fiquem surpresos se no próximo ano comemorarmos o dobro da capacidade instalada”, enfatizou.
Ainda sobre as perspectivas para o próximo ano, Derek Wang gerente de vendas da Znshine Solar, comentou que a procura por geração fotovoltaica será grande.
“A taxa interna de retorno e o payback serão cada vez mais favoráveis aos investidores e consumidores. Isso também reflete na expansão das linhas de produção de vários fabricantes, inclusive a Znshine Solar”, disse Wang.
Quem também está otimista é Ricardo Rizzotto, proprietário da EOS Solar. Para o executivo, o cenário será muito bom para o setor fotovoltaico desde que a cadeia produtiva consiga suprir a demanda.
“As empresas que estão passando pela pandemia notaram que, se tivessem um sistema solar, certamente iriam ter menos custos fixos, pois energia ninguém deixa de pagar. Tenho certeza que o fotovoltaico não está fora da ideia de investimento das novas empresas. O cenário no futuro será muito promissor”, destacou.
Walber Junior, diretor comercial da Bellsol, também apontou que a solar é o esteio mais seguro para investimentos a médio e longo prazo e tem solidez no quesito segurança e retorno de investimento. “Estamos falando de paybacks que variam entre dois e oito anos dependendo da região do Brasil”.
Para ele, a fonte solar tem se mostrado, desde 2012, um excelente investimento, possibilitando que empresários e consumidores a façam aportes para melhorar a qualidade de vida e a saúde financeira de suas empresas e famílias.
“Em 2021, acredita-se, segundo os especialistas, que haja uma grande procura pela energia solar, mesmo com os entraves que a pandemia causou nos maiores centros de distribuição e produção, visando, por parte dos consumidores, uma busca pela liberdade energética e financeira”, comentou.