20 anos depois, Marcos Frota e Thiago Oliveira se reencontram no set
Atores se reencontram para a produção de curta metragem, contemplado na Lei Aldir Blanc
Vinte anos depois do sucesso de ‘O Clone’, Marcos Frota e Thiago Oliveira se reencontram no set de filmagem para a produção do curta metragem ‘O Entardecer’. Desta vez, o ex-ator mirim estará por trás das câmeras, assinando a codireção juntamente de Rodrigo Frota, jornalista e produtor. Já Marcos, que participa do projeto voluntariamente, volta às telas assumindo a barba e o cabelão, em um personagem bem diferente do que a audiência está acostumada: o famigerado e brilhante dono do circo que acaba de se instalar no pitoresco parque da Quinta da Boa Vista.
Vencedor do Edital Retomada Cultural, promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro com recursos da Lei Aldir Blanc, o filme também conta com a presença de Cacá Ottoni e Rafael Delgado no elenco principal. Amaralina, filha de Marcos Frota, faz uma ponta como atriz.
O roteiro de Helena Beato inspira-se no ballet ‘L’Apres Midi d’un Faune’, de Vaslav Nijinski, para mostrar um triângulo amoroso entre o diretor do circo, um músico erudito e uma bailarina clássica, culminando no pôr do sol de estreia do circo na cidade. A ambientação não é por acaso: a narrativa pretende unir o erudito ao popular e colocar o tangível e o imaginário no mesmo patamar, assim como é o universo circense, para que seja possível realizar questionamentos sobre a vida do artista, a posição da arte no mundo e na vida e o corpo em cena. Reflexões pertinentes em tempos de pandemia.
Além das referências à musica impressionista de Debussy, o filme conta com composição original para piano e violoncelo de Pedro Ivo e coreografia de Priscila Albuquerque, primeira bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Os números circenses serão criados e executados por artistas do Instituto Unicirco, onde o curta será rodado.
Realizado pela Tumdum Produções e coproduzido pela ToO Films, a produção acontece em meados de março e vai contar com um acompanhamento detalhado do “por trás das câmeras” no Instagram da produtora (@tumdumbrasil), outra contrapartida oferecida ao edital. A ideia é divulgar todo o processo para que se promova um diálogo sobre a produção cultural no país e tudo o que ela envolve.
“Em um momento tão delicado quanto o atual, em que a cultura e os fazedores de cultura foram tão impactados, é importante não só que seja feita mais arte, como também que se fale sobre o próprio fazer artístico, afinal, como disse Ferreira Gullar, ‘a arte existe porque a vida não basta’”, encerra Thiago Oliveira.
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