As consequências por trás do projeto “tanquinho” e corpos esbeltos pro verão

26/1/2021 –

Especialista explica que as dietas malucas, e as questões acerca de transformar o corpo rapidamente para o fim de ano, podem gerar consequências na saúde mental

Segundo a farmacêutica Silmara Spinelli é cada vez maior o uso indiscriminado de medicamentos emagrecedores, por mais sabido que sejam os efeitos colaterais. Mas é preciso avaliar a relação causa e efeito do uso de certas substâncias com potencial emagrecedor. De acordo com a farmacêutica, fundadora da Empório Magistral, localizada em São Paulo, “tratar somente as consequências é sempre uma estratégia paliativa, exceto em alguns casos extremos e necessários, que devem ser acompanhados por médicos, assim como o uso de medicamentos, que devem ser prescritos por profissional especializado. O uso deve ser supervisionado e associado ao exercício físico e alimentação balanceada, entretanto não podemos banalizar o uso de ‘remédios milagrosos'”, explica Silmara.

Ainda segundo a especialista “é preciso ressaltar a importância de hábitos saudáveis, tanto para quem deseja emagrecer ou não. A importância na mudança do estilo de vida independe da perda de peso e, apesar de existirem inúmeras formas de reduzir o peso de forma rápida, ou tratar a obesidade, as mudanças no estilo de vida são as estratégias mais eficazes a longo prazo. Isso porque, se a pessoa não tiver uma mudança na mentalidade, maus hábitos alimentares e o sedentarismo voltarão em algum momento”, pondera.

Os resultados com tratamentos interdisciplinares de longo prazo são capazes de reduzir o peso, IMC, circunferência abdominal, sintomas de compulsão alimentar, ansiedade e depressão, além de melhorar a qualidade de vida. “É bom salientar que os aspectos psicológicos estão envolvidos diretamente sobre o consumo alimentar e podem determinar o sucesso ou não de qualquer tratamento para redução de peso. Sendo assim, gostaria de ressaltar a importância das nossas escolhas para a saúde. Portanto, volto a reforçar que o hábito alimentar saudável e o estilo de vida regrado são o segredo para a redução de peso de forma efetiva e prolongada, e que a saúde não é medida apenas por uma redução numérica observada na balança, mas sim, pelos efeitos benéficos que trazem para o organismo e para a mente”, afirma a farmacêutica.

A indústria farmacêutica conta com inúmeros medicamentos que auxiliam o processo de emagrecimento e muita gente, que não precisa de fato da medicação, faz uso de forma indiscriminada e sem nenhum tipo de supervisão. “Todo medicamento deve ser orientado, até mesmo os produtos naturais manipulados, pois deve-se considerar todas as necessidades de quem vai utilizá-lo sem que cause efeitos colaterais. Cada um tem o seu momento para emagrecer e é importante ressaltar que não a qualquer preço, é preciso pensar na saúde do corpo e da mente. Atividade física também deve fazer parte da sua rotina, assim como higiene do sono e a busca da saúde mental”, finaliza.

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